Empresa portuguesa dá formação sobre segurança aeroportuária
05 de Setembro de 2012, 17:46
Bissau, 05 set (Lusa) - Trinta técnicos dos serviços de vigilância aeroportuária da Guiné-Bissau estão a receber formação no domínio do regulamento sobre produtos perigosos, ministrada por uma empresa portuguesa.
Maninho Fernandes, administrador dos serviços de assistência aeroportuária da Guiné-Bissau, disse que a formação, ministrada pela empresa portuguesa Portway, começou hoje, vai durar uma semana e "é mais uma maneira de educar os passageiros".
A ideia, ainda de acordo com Maninho Fernandes, é dotar o aeroporto Osvaldo Vieira de Bissau (o único do país com capacidade para acolher voos internacionais) de condições de segurança.
Carlos Espinheira, um dos formadores da Portway, explicou hoje a importância da ação em curso no aeroporto de Bissau dando exemplos de produtos que "a priori podem não ser considerados perigosos" mas que o são na realidade.
"Há muitas substâncias que nós não consideramos carga perigosa. Vou dar uns exemplos: Uma bebida alcoólica será que é carga perigosa? É, porque tem um ponto de inflamação e pode provocar incêndio. Uma bateria de um automóvel é carga perigosa, porque tem ácido, a tinta, o diluente, etc", exemplificou.
O responsável da empresa portuguesa falou ainda de outras substâncias perigosas para serem transportadas num avião, dando exemplos de materiais radioativos ou infeciosos para os quais existe regulamentação internacional que proíbe o seu transporte num avião de passageiros.
A Portway é uma empresa portuguesa de handling que exerce a atividade de assistência em escala nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal. Desenvolve ainda atividades complementares nas áreas da formação, consultadoria e de prestação de serviços nos aeroportos.
MB.
Governo de transição apresenta cronograma de eleições a parceiros e pede apoios
05 de Setembro de 2012, 21:20
Bissau, 05 set (Lusa) - O governo de transição da Guiné-Bissau apresentou hoje a parceiros internacionais o programa de trabalhos para a realização de eleições gerais em 2013, com um orçamento total estimado em quase 20 milhões de euros.
A reunião juntou elementos do governo de transição e representantes da União Africana, Banco Mundial, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). Também estiveram presentes, entre outros, representantes da África do Sul, Rússia e Guiné Conacri.
José Biai, ministro da Economia e Integração Regional, disse aos jornalistas no final da reunião que o encontro -- que não foi o primeiro e se destinou a trocar informações sobre o processo de transição -- serviu para apresentar e discutir o cronograma e orçamento das eleições, que o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, já disse querer realizar em abril.
"O segundo objetivo era pedir o apoio técnico e financeiro para a realização das eleições", disse o ministro, que não revelou se o apoio foi prometido, explicando apenas que a comunidade internacional apresentou sugestões em termos de calendário e pediu o reforço do diálogo interno.
"Deram sugestões no sentido de que a questão técnica não preocupa muito, porque sem dúvida haverá dinheiro. O que solicitaram foi o entendimento interno, de inclusão de todos os guineenses", precisou António Sedjaman, secretário-executivo da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
De acordo com este responsável, a cartografia está em fase de conclusão, devendo terminar dentro de uma semana na região de Biombo e passando depois para Bissau, a última área que falta cartografar. O recenseamento biométrico, acrescentou, deverá iniciar-se em finais de outubro e decorre até dezembro/janeiro.
"A comunidade internacional mostrou-se disponível. Vamos continuar com o diálogo. Solicitámos, e eles concordaram, que deve haver diálogo constante", disse o representante da CNE, adiantando que na reunião de hoje participaram mais parceiros do que na anterior.
"O que quer dizer que a comunidade internacional começou a entender que precisam de dar um apoio à Guiné-Bissau para que haja uma saída e essa saída só é possível com eleições legislativas e presidenciais", opinou António Sedjaman.
Para as operações eleitorais, a CNE calcula que sejam necessários cerca de 5,5 milhões de euros, mas segundo António Sedjaman, todas as fases do processo (incluindo a cartografia e o recenseamento) têm um custo estimado de quase 20 milhões de euros.
FP.
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
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