quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Moçambique: COMUNISTAS BRASILEIROS, CAÇADORES FURTIVOS, X CONGRESSO VOTA

 


Comunistas brasileiros acompanham nova política de Brasília para África
 
26 de Setembro de 2012, 12:08
 
Pemba, Moçambique, 26 set (Lusa) - O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que integra o Governo da Presidente Dilma Rousseff, "é um entusiasta da nova política brasileira para África", disse hoje à Lusa Ronaldo Carmona, presente no X Congresso da Frelimo.
 
O dirigente do PCdoB, que na terça-feira foi entusiasticamente aplaudido pelos delegados ao congresso da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder em Moçambique, acrescentou que essa política retoma relações históricas.
 
"Essa política do Brasil para África é um tributo que o povo brasileiro tem para com África, que é um dos originários da nossa nacionalidade, além dos portugueses e dos indígenas do Brasil", disse.
 
"Além disso, acho que a América Latina e África reúnem visões semelhantes sobre problemas da ordem internacional contemporânea e, em especial, na defesa de que haja condições mais favoráveis ao desenvolvimento dos países do sul", disse Carmona.
 
O PCdoB tem mantido relações com a Frelimo desde os anos 1970 e esteve presente no último congresso, realizado em 2006 em Quelimane.
 
"São relações históricas, que remontam aos anos 1970 quando vários militantes comunistas aqui estiveram, durante o período da ditadura brasileira", recordou Carmona.
 
Como exemplo, citou a localidade Luís Carlos Prestes, no sul de Moçambique, assim, batizada em homenagem ao histórico comunista brasileiro.
 
LAS.
 
Polícia deteve seis caçadores furtivos que usavam minas antitanques em Tete
 
26 de Setembro de 2012, 12:34
 
Chimoio, Moçambique, 26 set (Lusa) - A polícia de Tete, centro de Moçambique, deteve seis caçadores furtivos, entre os quais três zimbabueanos, que usavam minas antitanques para abater elefantes, com o propósito de retirar marfim, disse hoje à Lusa fonte policial.
 
Jaime Bazo, porta-voz do comando da polícia em Tete, disse que entre os estrangeiros está um sargento militar do Zimbabué, que se supõe seja o responsável da introdução no país dos engenhos explosivos para detonar em elefantes para extração dos troféus.
 
"Os suspeitos foram flagrados no domingo na posse de marfim, resultante de abate clandestino no distrito de Magoé (Tete). Eles tentavam vender os troféus na cidade de Tete", disse à Lusa Jaime Bazo, adiantando que a operação foi desencadeada por uma denúncia popular.
 
Da operação, disse, a polícia recuperou uma ponta de marfim e uma quantidade não revelada de minas antitanques, o revela que o grupo já vinha fazendo varias incursões na região.
 
Em junho, a polícia de Tete deteve outros cinco caçadores furtivos, incluindo zimbabueano, e apreendeu quatros armas e 122 cápsulas de comprimidos venenosos, que seriam ministrados durante a caça clandestina.
 
Com esta detenção, sobe para 12 o número de caçadores furtivos detidos este ano em Tete, em operações conjuntas entre a polícia e as Forças da Guarda-fronteira e Operativa Tchuma-Tchato, especializada na proteção florestal.
 
Os troféus resultantes do abate clandestino de elefantes, segundo a polícia, são vendidos a grupos de cidadãos estrangeiros, que depois exportam para alimentar o mercado negro no continente asiático.
 
AYAC.
 
Congresso termina debate "morno" e entra nas votações
 
26 de Setembro de 2012, 13:09
 
Luís Andrade de Sá (Texto) e António Silva (Fotos), enviados da Agência Lusa
 
Pemba, Moçambique, 26 set (Lusa) - O X congresso da Frelimo, partido no poder em Moçambique, entrou hoje na fase decisiva das votações, após dois dias de debates, marcados pelo tom morno e, quase sempre, unanimista das intervenções.
 
Mesmo os muito aguardados discursos de Joaquim Chissano, Marcelino dos Santos e Graça Machel não constituíram um separar de águas com o atual rumo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que nos próximos meses enfrenta o desafio de escolher um candidato para suceder a Armando Guebuza na Presidência do país.
 
A exceção veio de outro habitual desalinhado com a política do partido, Jorge Rebelo, um veterano da Frelimo, associado à ala ortodoxa, que continua a inspirar-se em Samora Machel.
 
A intervenção de Rebelo, na segunda-feira, provocou algum nervosismo no aparelho partidário, o qual, segundo alguns jornais, mandou parar a transmissão em direto, feita pelos canais públicos de rádio e televisão.
 
Depois, os jornalistas receberam indicações de que os debates deixavam de poder ser cobertos. No dia seguinte, estas restrições foram levantadas e hoje a comunicação social pública retransmitiu na íntegra a intervenção de Rebelo.
 
Curiosamente, no seu discurso, o histórico dirigente insurgiu-se contra notícias recentes de que a Frelimo endureceu a sua posição nos meios de comunicação públicos, com mexidas em responsáveis e desagrado em relação a alguns comentadores.
 
Mas foi a sua denúncia da divisão entre "moçambicanos genuínos" e "moçambicanos não genuínos" que constituiu a mais forte crítica até agora feita a alguns dirigentes do partido.
 
"Fico preocupado quando ouço certos pronunciamentos de dirigentes muito altos da Frelimo, que querem dividir-nos entre moçambicanos genuínos e moçambicanos não genuínos", acusou Rebelo, de origem goesa e que participou na luta de libertação nacional contra Portugal.
 
"Eu próprio já não sei se sou genuíno, ou não. Será por causa da cor?", perguntou, brincando, depois, com o seu tom de pele que disse ser mais escuro do que os de Manuel Tomé e de Graça Machel, sobre quem os "muito altos" dirigentes não têm dúvidas sobre a "genuidade".
 
"Eu estou a brincar mas isto é uma questão séria, camaradas. O Presidente Samora dizia: 'Devemos combater energicamente o conceito de minorias, na base da raça, cor, sexo, religião' e é este valor que nós temos que agarrar", disse Jorge Rebelo.
 
Hoje, será eleito o presidente da Frelimo, cargo a que apenas concorre o atual detentor, Armando Guebuza, e na quinta-feira, serão eleitos os membros do comité central.
 
LAS.
 
G8 lança este mês projeto de melhoria de produção agrícola e segurança alimentar
 
26 de Setembro de 2012, 13:14
 
Maputo, 26 set (Lusa) - O grupo de países industrializados (G8) vai lançar, este mês, um novo projeto de melhoria de produção agrícola e segurança alimentar em Moçambique, avaliada em 389 milhões de euros, anunciou o embaixador norte-americano em Maputo, Douglas Griffths.
 
De acordo com o diplomata, "este projeto do G8 é novo, vai ser assinado ainda este mês nos Estados Unidos e deverá contar com o envolvimento também do setor privado para criar emprego e transformar a sociedade".
 
A iniciativa visa criar condições para que Moçambique tenha uma população mais saudável, com boa formação e com alimentos suficientes, acrescentou Douglas Griffths, citado hoje pelo jornal Notícias de Maputo.
 
Em 2005, na Cimeira de Gleneagles, no Reino Unido, o grupo que reúne os oito países mais ricos do mundo comprometeu-se a destinar 19,5 mil milhões de euros por ano a África até 2010, uma promessa criticada por alegadamente não ter sido cumprido integralmente.
 
MMT.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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1 comentário:

Anónimo disse...

O PCdo B adora ditaduras. Pode ser de qualquer tipo; proletárias ou não

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