Moçambique registou
crescimento robusto e estável: Frelimo
Muhamud Matsinhe,
da AIM, em Pemba
Pemba (Moçambique),
23 Set (AIM) – O Comité Central da Frelimo, partido no poder em Moçambique
desde a independência nacional em 1975, considera que a economia do país
registou um robusto e estável nos últimos anos, não obstante os efeitos
adversos da conjuntura internacional, tais como a alta de preços de
combustíveis e de alimentos.
Esta apreciação
consta do relatório apresentado hoje pelo Presidente do partido, Armando
Guebuza, no decurso do X Congresso desta formação política, que decorre até o
próximo Sábado no bairro de Muchara, cerca de 15 quilómetros do centro de
Pemba, capital provincial de Cabo Delgado.
“O Comité Central,
na sua avaliação, saúda os avanços significativos em termos de desenvolvimento
e social do nosso país. Esses progressos foram impulsionados pela estabilidade
macro-economica e crescimento acelerado da economia”, disse Guebuza, na
apresentação do relatório que cobre o período desde o IX Congresso, realizado
em 2006.
O documento refere
que o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento médio anual na ordem
de 7,1 por cento e o rendimento per capita passou de 362,9 dólares americanos
em 2006 para 535,5 dólares em 2011, que corresponde a uma subida de quase 46
por cento.
Para esse
crescimento, o sector primário contribuiu com 9,3 por cento, impulsionado pela
agricultura e indústria mineira que individualmente cresceram 9,4 por cento e
13,1 por cento respectivamente, seguido pelo sector terciário com uma variação
de 9 por cento.
Nesta área, os serviços
de transportes e comunicações e os serviços financeiros tiveram maiores
contribuições para o crescimento, com uma evolução de 18,3 por cento e 12,9 por
cento respectivamente.
Paralelamente, a
Frelimo afirma que foram criados mais de 1,6 milhões de empregos, dos quais
658.954 para as mulheres e 1.018.759 para homens. No mesmo período foram
formados 304 mil cidadãos nos vários centros existente no país, dos quais 34
por cento mulheres.
Por outro lado, a
Frelimo considera ter havido avanços no domínio de prevenção e gestão de
desastres naturais, o que tem impacto na redução da vulnerabilidade de milhares
de famílias residentes em áreas de risco à calamidades.
Com efeito, Armando
Guebuza destacou a criação de cerca de 800 comités locais de gestão de risco e
calamidades bem como a construção de 99 bairros de reassentamento ao longo das
bacias Zambeze, Buzi e Save, onde vivem cerca de 25.900 famílias, o que
permitiu a redução do número de vítimas de cheias e inundações.
Contudo, o Comité
Central adverte que “os desafios para o combate a pobreza e as suas causas
ainda persistem e continuam a ser prioridade para todos”.
Estes desafios
incluem a produção de alimentos, uma vez que o país continua dependente da
importações de alguns produtos básicos, tais como arroz.
No seu relatório,
Guebuza disse que, após o IX Congresso, a Frelimo orientou o governo para
operacionalizar o Plano de Acção para a Produção de Alimentos (PAPA), como
forma e impulsionar o aumento da produção e da produtividade agrária, sobretudo
dos produtos alimentares básicos.
“Registamos com
satisfação o aumento da produção de cereais, com destaque para o milho. Hoje,
Moçambique é auto-suficiente na produção deste cereal, e a produção da mandioca
supera o consumo”, disse.
“Ainda prevalecem
grandes desafios em outros produtos básicos, como o arroz, cujo consumo anual é
de cerca de 534 mil toneladas e o nosso país produz apenas 350 mil toneladas. É
necessário continuar os nossos esforços para aumentar a produtividade agrícola
no país”, acrescentou.
(AIM) MM/SG
Guebuza reitera que
moçambicanos devem sentir-se donos dos seus recursos
Muhamud Matsinhe,
da AIM, em Pemba
Pemba (Moçambique),
23 Set (AIM) – O Presidente da Frelimo, partido no poder em Moçambique, Armando
Guebuza, disse hoje que os recursos naturais do país devem beneficiar todos os
cidadãos e que estes devem sentir-se donos desses mesmos recursos.
Falando em Pemba,
capital provincial de Cabo Delgado, na abertura do X Congresso do seu partido,
Guebuza disse que estes recursos devem também beneficiar o reforço da Unidade
Nacional; a consagração da auto-estima; e a consolidação da Paz.
“Estas são
condições fundamentais para continuarmos a fragilizar a pobreza até fazê-la
passar à história”, disse Guebuza, na abertura desta reunião mais importante da
Frelimo, que decorre até ao próximo Sábado, em Muxara, um bairro suburbano que
dista cerca de 15 quilómetros do centro da cidade de Pemba.
“A mensagem da
FRELIMO é: continuemos todos, caros compatriotas, a construir este nosso belo
Moçambique, um Moçambique que nos deve orgulhar e orgulhar as gerações
vindouras”, acrescentou.
Desde a
independência nacional, a Frelimo tem estado a conduzir os destinos do país e
constitui o partido político mais antigo de Moçambique.
Na ocasião, Guebuza
disse que a Frelimo celebra as suas bodas de ouro a despertar consciências; a
infundir auto-estima e auto-confiança; a reafirmar-se como a principal
protagonista dos processos no país; a promover a descentralização e o combate
aos obstáculos ao desenvolvimento; e a consolidar-se como o Partido das
transformações.
Segundo Guebuza, o
seu partido criou as condições para que levaram o país na última a registar um
crescimento económico médio de sete por cento com um impacto directo na
melhoria da qualidade de vida dos moçambicanos.
“Este crescimento
beneficia a todos os moçambicanos porque, por exemplo resulta na expansão da
rede escolar, sanitária, da energia eléctrica e da telefonia móvel e fixa;
financia a construção de mais estradas, pontes e fontes de água; bem como o
aumento da produção e da produtividade agrárias”, disse Guebuza, acrescentando
que “o Moçambique que a FRELIMO está a construir, com a participação de todos
os nossos compatriotas, está a beneficiar todos os moçambicanos”.
A Frelimo elegeu oito
teses que vão orientar os trabalhos do X Congresso, nomeadamente Unidade
Nacional, Natureza do Partido, Paz e Democracia, Combate à Pobreza e Promoção
do Desenvolvimento Económico-Social Sustentável, Estado e a Sociedade, Boa
Governação, Transparência e Combate à Corrupção, Defesa, Segurança e Ordem
Pública, e Moçambique na Região e no Mundo.
Dentre os vários
pontos da agenda, o congresso da Frelimo vai eleger os órgãos centrais do
partido, incluindo o presidente, secretário-geral, secretário do Comité de
Verificação do Comité Central, Comissão Política, secretariado do Comité
Central, membros do Comité de Verificação do Comité Central, entre outros.
O evento conta com
a participação de cerca de 3055 delegados e convidados, 30 delegações
estrangeiras, que incluem representantes de partidos políticos amigos da
Frelimo no mundo inteiro.
O X Congresso
coincide com o ano em que o país celebra a passagem de 50 anos após a fundação
da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), movimento que a 25 de Setembro
de 1964 (dois anos após a sua fundação) iniciou a luta de libertação nacional
contra o colonialismo português, uma guerra que culminou com a independência
proclamada em 1975.
(AIM) Mm/sg
Moçambique e China
assinam acordos de cooperação no valor de 25 milhões de dólares
Maputo, 22 Set
(AIM) – Os governos de Moçambique e da China assinaram hoje, em Maputo, dois
acordos de cooperação no valor de 25 milhões de dólares, para o financiamento
de projectos a serem acordados entre ambos os países.
Trata-se de um
acordo de empréstimo sem juros para Moçambique no valor 9,4 milhões de dólares
e um donativo de 14,3 milhões de dólares.
Assinaram o acordo,
o ministro das pescas, Victor Borges, em representação do governo moçambicano e
o vice-ministro do comércio da China, Li Rongcan, em nome daquele país
asiático.
Falando minutos
após a assinatura dos acordos, Borges explicou que ambos, empréstimo e
donativo, surgem na sequência de outros financiamentos que a China tem vindo a
conceder a Moçambique.
Sobre o destino
destes financiamentos, Borges explicou que serão aplicados “na construção de
infra-estruturas que beneficiem a população de Moçambique no quadro dos
esforços que o governo tem vindo a realizar no combate à pobreza”.
Estes acordos,
segundo Borges, também juntam-se a outras iniciativas e financiamentos em curso
no valor de cerca de 1,2 mil milhões de dólares já desembolsados e também a
outros 500 milhões de dólares ainda por desembolsar.
Na ocasião, o
mistro fez referência ao investimento chinês privado em Moçambique actualmente
estimado em três mil milhões de dólares.
Borges acredita que
este investimento deverá manter-se face a descoberta de recursos naturais em
Moçambique, tais como depósitos massivos de carvão e gás natural, bem como ao
enorme potencial existente no país nas áreas da agricultura e turismo.
Questionado sobre
as áreas que irão beneficiar deste financiamento, Borges explicou que,
geralmente, após a aprovação do investimento Moçambique submete ao governo
chinês aquilo que as suas opções de financiamento.
“Seria prematuro
adiantar algo que ainda temos de coordenar com a parte chinesa”, disse.
Sobre as
modalidades da amortização do empréstimo, Borges explicou que os 9,4 milhões de
dólares referentes ao presente empréstimo serão pagos por um calendário que
será estabelecido pelo governo moçambicano, a semelhança do stock da dívida
externa de Moçambique actualmente estimada em 4,2 mil milhões de dólares.
(AIM) SG/
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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