Empresário detido
em conexão com onda de raptos - Imprensa
24 de Setembro de
2012, 17:51
Maputo, 24 set
(Lusa) - A polícia moçambicana deteve no fim de semana o empresário Bakhir
Ayoob por alegado envolvimento nos raptos de cidadãos de origem asiática, registados
nas principais cidades do país, noticiou hoje o diário O País.
Bakhir Ayoob,
proprietário de várias lojas na capital moçambicana, foi detido na sua
residência, após regressar de uma viagem ao estrangeiro, por alegadamente ser
mandante nos sequestros de membros da influente comunidade islâmica de
Moçambique, referiu o jornal.
A detenção do
empresário seguiu-se à apresentação à comunicação social pela polícia de três
alegados autores de raptos na semana passada, elevando o número de pessoas
detidas em conexão com este crime para 20.
Ouvido pelos
jornalistas, o advogado de Bakhir Ayoob, Máximo Dias, afirmou que a polícia não
encontrou nenhum indício de atividade criminosa na casa do seu cliente.
Mais de 30 pessoas
foram sequestradas desde meados do ano passado nas cidades de Maputo e Matola,
no sul de Moçambique, e Nampula (norte), sendo libertadas mediante pagamento de
elevados resgates.
PMA.
Movimento
Democrático renuncia a candidatura à Internacional Democrática do Centro
24 de Setembro de
2012, 19:36
Chimoio,
Moçambique, 24 set (Lusa) - O Movimento Democrático de Moçambique (MDM)
renunciou a candidatar-se à vice-presidência para África da Internacional
Democrática do Centro (IDC), para se focar nas eleições autárquicas de 2013 e
gerais de 2014, disse hoje à Lusa fonte da organização.
Daviz Simango,
presidente do MDM, disse que ao assumir a candidatura o partido seria obrigado
a dividir a atenção nos próximos dois anos, cruciais para aquela formação
politica, o que podia comprometer a preparação dos escrutínios eleitorais.
"Optamos por
não nos arriscar. Temos duas eleições nos próximos dois anos que queremos
preparar da melhor maneira possível, pelo que não seria viável velar por duas
agendas gigantes (democracia em África e eleições internas)", disse à Lusa
Daviz Simango, presidente do MDM e também autarca da Beira.
O mesmo responsável
disse que, apesar de renunciar à candidatura, o MDM continua empenhado na
causa.
No sábado, Daviz
Simango foi recebido em audiência no Vaticano, juntamente com outros líderes
políticos da IDC, da Europa, África, Ásia e América, para transmitir
solidariedade aos povos oprimidos por regime antidemocráticos.
"Manifestamos
o nosso compromisso com a democracia em África e no mundo" disse Daviz
Simango.
O MDM tem oito
deputados na Assembleia da República de Moçambique e gere os municípios da
Beira, a segunda cidade do país, e de Quelimane, a quarta cidade, mas tem
assistido à destruição dos seus símbolos em várias províncias.
AYAC.
PCP quer manutenção
da cooperação
25 de Setembro de
2012, 08:44
Pemba, 25 set
(Lusa) - O PCP prometeu hoje tudo fazer para que, apesar da crise económica,
Portugal não recue na cooperação com Moçambique, e recordou que a sua amizade
com a Frelimo "tem 50 anos, não é de agora".
Em declarações à
Lusa, João Catalino, representante do PCP ao X Congresso da Frelimo, manifestou
a vontade do seu partido em impor, nas várias instâncias, a manutenção do apoio
internacional a Moçambique.
"Vamos transmitir
à Frelimo e ao povo moçambicano que tudo faremos no quadro das nossas
possibilidades e da nossa intervenção, partidária e institucional, para que
Portugal não recue nem um milímetro naquilo que tem que ver com a ajuda
internacional, económica e política a Moçambique", disse o membro do
comité central do PCP.
Catalino
classificou como "excelentes" as relações que o PCP mantém com a
Frelimo, partido no poder em Moçambique.
"O nosso
partido tem relações de amizade com a Frelimo desde sempre, desde o tempo do
colonialismo e temos a certeza que assim será para sempre, tendo em conta as
relações de amizade que temos com este partido há 50 anos", disse o
representante do PCP no X Congresso da Frelimo, que decorre em Pemba, no norte
de Moçambique.
LAS
PS "preocupado
em relação aos problemas de Portugal"
25 de Setembro de
2012, 08:54
Pemba, Moçambique,
25 set (Lusa) - Responsáveis moçambicanos têm manifestado preocupação pela
crise em Portugal, disse à agência Lusa o representante do PS no X Congresso da
Frelimo, que associou a situação "ao interesse na presença de empresas
portuguesas" no país.
"Nas conversas
com vários membros do comité central e com vários elementos do governo, há uma
preocupação efetiva em relação aos problemas de Portugal", disse à Lusa o
deputado Jorge Fão, que representa o Partido Socialista (PS) na reunião, que decorre
em Pemba, no norte de Moçambique.
O socialista
ressalvou que a preocupação "não tem a ver com a gestão do problema
interno", mas decorre da avaliação da vitalidade das empresas nacionais.
"Moçambique
demonstrou, através dos seus responsáveis, uma atenção especial e um
acompanhamento em relação à situação em Portugal, isto porque contam com
Portugal e as empresas [portuguesas] são bem-vindas em Moçambique",
considerou Fão.
O deputado
socialista definiu como "cordiais" as relações entre o seu partido e
a Frelimo, no poder em Moçambique desde a independência, em 1975, mas expressou
a intenção de reforço dos laços partidários.
"São relações
de cordialidade, mas o desejo do PS é de aprofundá-las, aproximando os dois
partidos no sentido de dialogar sobre aquilo que são os interesses mútuos, onde
há um espaço grande de cooperação que o PS acha que deve ser aprofundado",
disse Jorge Fão.
LAS.
Relação com
Moçambique "é mandatória apesar das dificuldades" - PSD
25 de Setembro de
2012, 09:03
Pemba, Moçambique,
25 set (Lusa) - A relação de Portugal com Moçambique "não é opcional, mas
mandatória", apesar das dificuldades que o país atravessa, defendeu hoje
Nuno Morais Sarmento, representante do PSD português no X Congresso da Frelimo.
"Não é apenas
de cooperação que falamos, é de investimento, que é também, afinal, um
investimento nos portugueses que estão e que mantêm relações com
Moçambique", disse à agência Lusa Morais Sarmento, em Pemba, norte do
país, onde se realiza o congresso.
A reunião da
Frelimo é o primeiro passo num processo de seleção do candidato do partido no
poder em Moçambique às eleições presidenciais de 2014, substituindo o atual
Presidente, Armando Guebuza, numa mudança política que Morais Sarmento disse
dever ser aproveitada para o reafirmar das relações bilaterais.
"É, por isso,
muito importante que Portugal mantenha disponibilidade, não para interferir num
processo exclusivamente moçambicano, mas para garantir que, independentemente
das mudanças naturais e legítimas, de signo político, em Portugal, como em
Moçambique, a cooperação não é afetada", defendeu o antigo ministro
português.
Nuno Morais
Sarmento contestou o cenário de escassas relações entre o PSD e a Frelimo, ao
contrário do que sucede, por exemplo, com o MPLA, recordando o papel de Sá
Carneiro no perdão da dívida a Moçambique e de Durão Barroso e de Passos Coelho
na resolução do dossier Cahora Bassa, à qual associou, também, o
ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates.
"Embora
falando-se menos (do que com a do MPLA), a relação do PSD com Moçambique e com
a Frelimo é uma relação saudável e antiga e, por isso mesmo, merece já a
confiança que, sabemos, é um valor fundamental para os moçambicanos",
disse Morais Sarmento.
LAS.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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