terça-feira, 25 de setembro de 2012

Portugal: UGT MANTÉM GREVE GERAL “EM CIMA DA MESA”

 

Público - Lusa
 
O secretário-geral da UGT afirmou segunda-feira, no Porto, que a central sindical mantém “em cima da mesa” o cenário de uma greve geral, mas a decisão depende do Orçamento do Estado para 2013.
 
A UGT, afirmou João Proença, chegou a ponderar avançar para uma greve geral contra o aumento da Taxa Social Única (TSU) para os trabalhadores, mas tal cenário mantém-se, agora na perspectiva do que vai ser o Orçamento.

“Acho que está em cima da mesa”, afirmou o dirigente sindical questionado sobre hipótese de greve geral, à entrada para um debate, no Porto, sobre coesão económica, territorial e social, organizado pelo grupo de intervenção cívica Porto Laranja, fundado por militantes social-democratas.

João Proença admitiu que o próximo orçamento será “de muita austeridade e de muitos sacrifícios”, numa altura em que “as pessoas estão no limite dos sacrifícios”.

Os dados da execução orçamental conhecidos na segunda-feira levaram, ainda, dirigente sindical a referir que o Governo “está falhar” na sua receita, porque “acreditava que, pelo facto de sanear as contas públicas, automaticamente originava crescimento”.

“Isto não é automático, tem que haver medidas viradas para o crescimento e o emprego, medidas que têm a ver com o investimento do estado” e outras para “fomentar o investimento privado e aliviar um pouco o consumo”.

“Tivémos um choque com o ministro das Finanças [na reunião da Concertação Social], porque ele dizia que nós estávamos a defender que o Estado provocasse o crescimento incentivando o consumo privado”, salientou.

Segundo João Proença, a UGT respondeu ao ministro Vítor Gaspar que o executivo “está a penalizar brutalmente o consumo privado e não o pode penalizar tanto”.
 

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