segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Portugal: Alteração ao IRS dos privados paga devolução de subsídios ao público

 

Jornal de Notícias
 
O Governo prepara-se para devolver parte dos subsídios cortados aos funcionários públicos e pensionistas, através do alargamento do corte aos privados, em sede de IRS. Passos Coelho interrompeu reunião com a Concertação Social e diz que "não há qualquer proposta para alteração do IVA".
 
"Vamos devolver parcialmente o subsídio de Natal e Férias", em 2013, garantiu o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. A "devolução parcial" será compensada com o alargamento "a todo o setor privado" dos cortes nos subsídios de férias e de Natal, em percentagem a estudar.
 
Pedro Passos Coelho admitiu que a solução que está a ser preparada pode implicar o corte parcial ou total do subsídio de férias ou de Natal de todos os trabalhadores, através de alterações no IRS.
 
O primeiro-ministro disse que o "reescalonamento do IRS" e impostos "sobre o património e o rendimento de capitais" fazem parte das propostas desenhadas pelo Governo para substituir a queda da alteração da TSU, apresentadas aos parceiros sociais, em reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, esta segunda-feira, em Lisboa.
 
"O imposto privilegiado para compensar a queda da alteração da TSU é o IRS", disse Pedro Passos Coelho, que interrompeu a reunião com os parceiros sociais para anunciar estas propostas.
 
"Removida a alteração à TSU", o Governo "comprometeu-se a explorar com os parceiros sociais medidas favoráveis ao combate e ao desemprego e a competitividade das empresas", disse Passos Coelho, antes de voltar para a reunião.
 
"Não há consenso entre os parceiros sociais sobre alternativas às mudanças na TSU", disse o primeiro-ministro.
 
João Proença, secretário-geral da UGT, confirmou que o IRS é o imposto eleito para compensar a queda da TSU, mas alertou que "o Governo se preparar para alargamento de mais impostos: todos".
 
Considerando que orçamento de Estado para 2013 "vai ser restritivo e de grande austeridade", João Proença disse que nada ainda está fechado.
 

Sem comentários:

Mais lidas da semana