sábado, 15 de setembro de 2012

Portugal: PS ou PSD? PASSOS ou SEGURO? ENTRE OS DOIS VENHA O DIABO E ESCOLHA!

 


Sondagem: PS ultrapassa PSD
 
TSF - Publicado ontem às 20:07
 
Uma sondagem realizada pelo expresso/SIC adianta que o PSD perdeu, pela primeira vez nesta legislatura, a liderança na intenção de votos dos portugueses, após o anúncio das novas medidas de austeridade.
 
Assim, e de acordo com a sondagem, o PS alcança 33,7%, o PSD obtém 33%, o CDS consegue 10,3%, a CDU conquista 9,3% e o BE fica com 7%.
 
Seguro não quer crise política; Governo deve governar
 
TSF - Publicado hoje às 09:24
 
O secretário-geral do PS disse ontem à noite que não deseja nenhuma crise política em Portugal; compete ao Governo manter as condições políticas para resolver os problemas dos portugueses.
 
«Nós não desejamos, nem queremos nenhuma crise política em Portugal. O Governo dispõe de maioria absoluta para governar, compete ao Governo manter essas condições políticas e tem a obrigação de resolver os problemas dos portugueses», afirmou António José Seguro.
 
O líder socialista falava num convívio organizado pelo PS/Algarve, em Faro, aonde chegou cerca das 22:00, duas horas depois da hora marcada para o início do evento, realizado ao ar livre, no Largo do Mercado.
 
Discursando perante uma plateia de poucas centenas de pessoas, afirmou que será «intransigente» na defesa da relação entre os trabalhadores e as empresas, reiterando a sua discordância com a descida da Taxa Social Única (TSU) para estas.
 
António José Seguro lamentou que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, tenha insistido em manter aquela medida, mesmo tendo já sido contestada por empresários, trabalhadores e pelo principal partido oposição.
 
«Porque é que o primeiro-ministro insiste? O que está por trás desta proposta que não o faz olhar o país, compreender os portugueses e reconhecer que esta é uma medida injusta, inútil e que nos indigna tanto?», questionou.
 
O líder do PS acusou ainda o Governo de «incompetência» na execução do orçamento, lamentando que o facto de o país ter agora mais tempo para corrigir o défice orçamental não tenha aliviado a situação das famílias.
 
«É que eu pedia mais tempo para aliviar os sacrifícios dos portugueses e neste momento foi dado mais tempo a Portugal para compensar e corrigir os erros do Governo», referiu.
 
António José Seguro assegurou ainda que o partido pretende continuar no rumo da «responsabilidade» e da «seriedade», honrando os seus compromissos e apresentando propostas alternativas.
 
«Nós não somos a oposição do bota abaixo, nós não somos a oposição do quanto pior melhor, nós não somos a oposição que tudo critica e nada propõe, não. Nós somos a oposição séria, que ambiciona ajudar a resolver os problemas de Portugal e a solucionar os problemas dos portugueses», sublinhou.
 
Lusa
 
POVO IMBECILIZADO…
 
PÁTRIA
 
“Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta. [.]
 
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro. Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
 
A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
 
Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar.”
 
- Guerra Junqueiro, “Pátria”, 1896.
 
“Pátria” foi compilado de Conversa Avinagrada
 
- Título PG
 

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