Perspetivas de
crescimento económico em Angola diminuem em início de novo ciclo político --
BPI
23 de Outubro de
2012, 09:28
Luanda, 23 out
(Lusa) - As perspetivas de crescimento económico em Angola diminuem em início
de novo ciclo político, marcado pela realização das eleições gerais de 31 de
agosto passado, segundo um estudo do banco BPI a que a Lusa teve hoje acesso.
O documento,
elaborado pelo Departamento de Estudos Económicos e Financeiros, assinala que
as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam para um
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,8 por cento em 2012,
significativamente abaixo do que era antecipado anteriormente (9,7 por cento).
Aos fatores
internos - produção agrícola afetada pela seca -, juntam-se os fatores externos
- agravamento da crise financeira na Europa e o prolongamento de uma fase de
menor crescimento nos Estados Unidos.
MPLA considera
"aproveitamento político" reclamações da oposição angolana por PR não
ter discursado à Nação
23 de Outubro de
2012, 14:10
Luanda, 23 out
(Lusa) - A bancada parlamentar do MPLA considerou hoje "um gesto de
aproveitamento político" as críticas da oposição ao facto de o Presidente
angolano, José Eduardo dos Santos, não ter discursado à nação, como prevê o
artigo 118 da Constituição.
A posição do
partido maioritário, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), veio
expressa na sua declaração política, lida pelo líder da bancada parlamentar,
Virgílio de Fontes Pereira, na abertura da primeira sessão plenária da III
legislatura.
Segundo Virgílio de
Fontes Pereira, para o seu partido tratou-se mais de um "gesto de
aproveitamento político do que uma atitude racional".
José Eduardo dos
Santos, em carta endereçada ao presidente da Assembleia Nacional, Fernando da
Piedade Dias dos Santos, informou que não iria proferir qualquer mensagem sobre
o Estado da Nação, como prevê o artigo 118 da Constituição, já que três semanas
antes tinha dirigido uma mensagem ao país, na cerimónia da sua investidura.
Para o Presidente
angolano, "proferir outro discurso sobre esse tema seria fazer as mesmas
afirmações por outras palavras".
"A aceitação
da referida carta, pela Assembleia Nacional consistiu num ato de bom senso,
respeito e elevado sentido de Estado", salientou Virgílio de Fontes
Pereira.
Por sua vez, o
líder da bancada parlamentar da União Nacional para a Independência Total de
Angola (UNITA), Raul Danda, voltou a rebater o assunto, considerando
"inconstitucional" o ato do Presidente angolano.
Raul Danda
considerou "um insulto grave e imperdoável à consciência dos
angolanos", José Eduardo dos Santos pretende substituir um discurso pelo
outro.
"Digamos com coragem
ao mais alto mandatário da Nação que cumpra com a lei, pois de contrário vamos
abrir aqui precedentes de uma incorrigibilidade assustadora", alertou
aquele deputado.
O mesmo assunto
mereceu críticas da coligação eleitoral Convergência Ampla de Salvação de
Angola (CASA-CE), liderada por Abel Chivukuvuku, que considerou o ato "uma
desconsideração ao parlamento".
Na sua declaração
política, o líder da bancada parlamentar da CASA-CE, André Mendes de Carvalho "Miau",
informou que vai interpelar o ministro da Energia e Águas, com vista a
esclarecer as verdadeiras razões da falta de água e energia elétrica, um pouco
por todo o país.
Já o Partido da
Renovação Social (PRS), a terceira força política da oposição, disse na sua
intervenção lida pelo chefe da sua bancada parlamentar, Benedito Daniel, que
vai pedir a revisão da lei Orgânica sobre as Eleições Gerais, a criação de um
tribunal eleitoral e a institucionalização do tribunal da alta autoridade
contra a corrupção.
Por seu turno, o
líder da bancada parlamentar da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA),
Lucas Ngonda, pediu aos deputados que a ação fiscalizadora dos atos de
governação nesta legislatura não passe "por cima de escândalos
nacionais", que devem ser corrigidos para "se preservar a dignidade
dos poderes públicos instituídos".
A sessão
parlamentar de hoje teve dois pontos, sendo o primeiro relativo à movimentação
de deputados, ou seja, a sua substituição por incompatibilidade de funções,
entre os quais o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, e a maioria deputados do
MPLA, nomeados para cargos governativos.
Durante a sessão,
foram criadas dez comissões de especialidade da Assembleia Nacional, das quais
duas presididas pela UNITA e as restantes pelo MPLA, aprovadas por unanimidade,
com 198 votos à favor.
NME // VM.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
Leia mais sobre
Angola (símbolo na barra lateral)
Sem comentários:
Enviar um comentário