segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Angola: MILHARES DE CASAS NO CUÍTO

 


Sérgio Vieira Dias, Cuito – Jornal de Angola
 
A província do Bié foi contemplada com a construção de sete mil fogos habitacionais nos municípios do Cuito e Andulo, no âmbito do subprograma de construção de 110 mil fogos em todo o país, anunciou ontem o governador Álvaro de Boavida Neto.

Em entrevista ao Jornal de Angola, o governador provincial disse que o projecto de construção de habitações sociais compreende seis mil fogos no Cuito e mil no Andulo.

Reconduzido pelo Presidente da República ao cargo que ocupa desde Dezembro de 2010, Boavida Neto garantiu que no quadro desse sub-programa está já em curso a construção de 665 fogos, dos quais 481 ficam concluídos até ao final deste ano.

Para complementar este programa, frisou Boavida Neto, o governo lançou o programa de construção de 200 fogos em sete municípios. Referindo-se à situação das reservas fundiárias e a autoconstrução dirigida, o governador indicou que existem mais de 200 mil hectares disponíveis por município.

Neste momento, acrescentou, estão a ser já utilizados 25 hectares nos municípios onde se desenvolve o programa de construção dos 200 mil fogos. Indicou que o Cuito conta com mais de 1.200 hectares, dos quais 180 estão a ser já utilizados para a construção dos seis mil fogos, e cem para a autoconstrução dirigida.

O Andulo, de acordo com Boavida Neto, conta com 35 mil hectares, onde serão desenvolvidos o programa de construção de mil fogos, com previsão de início no próximo ano. Em relação ao programa de autoconstrução dirigida, frisou, já foram erguidas mais de oito mil residências em toda a província. Disse que a província registou uma melhoria na prestação de serviços à população nos domínios da educação, saúde, energia e água e agricultura, fruto dos dez anos de paz.

Combate à fome

O combate à fome e à pobreza é outra prioridade do governo provincial, que tem como objectivo melhorar as condições de vida das populações, incluindo aquelas que vivem em zonas mais recônditas, segundo o governador.

De acordo com Boavida Neto, foram construídas e reconstruídas escolas, postos de saúde, centros e hospitais municipais, residências para o pessoal administrativo, técnicos de saúde e da educação.

Em termos de energia eléctrica, segundo o governador, o Bié tem uma cobertura de 16 megawatts nas sedes municipais e comunais. Relativamente à água, esclareceu, a província tem uma cobertura de 1.100 metros cúbicos.

O governador Álvaro de Boavida Neto revelou que os cuidados primários de saúde registaram melhorias consideráveis em todos os aspectos, com a construção de novas infra-estruturas sanitárias de nível primário e a restauração das existentes.

De acordo com o governador, o sector passou de 109 unidades sanitárias existentes até 2008 para 141 em 2012, destacando ainda o facto de alguns postos, nas comunas, terem sido convertidos em centros de saúde com capacidade de internamento de 30 camas. A entrada em funcionamento dessas unidades sanitárias, para além de aumentar o número de camas, frisou, permitiu a criação de outros serviços como a obstetrícia e aumento do número de salas de parto.

Melhoria no ensino

No domínio do ensino primário, de acordo com Boavida Neto, registou-se um crescimento considerável. O governador precisou que em 2002 estavam matriculadas 164.924 crianças, e passados dez anos, a cifra subiu para 517.959.

Em 2002, a província do Bié tinha apenas 645 escolas primárias e, este ano, atingiu o total de 1.457, correspondente a 4.096 salas de aulas. No mesmo período, o número de professores na província passou de 2.506 para 12.629.

Referindo-se ao ensino superior na província, o governador referiu que foi a partir de 2005 que a Universidade Agostinho Neto alargou os seus serviços à província, com duas turmas dos cursos de Psicologia e Matemática, beneficiando 140 estudantes.

Há dois anos entrou em funcionamento a Escola Superior Politécnica, da Universidade José Eduardo dos Santos, que ministra cursos de Enfermagem e Contabilidade, actualmente com 469 estudantes matriculados.

“O Ensino Superior criou grande satisfação e alargou as perspectivas da população em termos de formação. Com a implementação do curso pós-laboral, os funcionários têm também oportunidade para continuarem a sua formação superior”, frisou o governador.

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