Cláudia Reis – i online
Nos últimos dias
tem circulado nas redes sociais uma notícia que dá conta de um suposto suicídio
colectivo de índios da tribo Guarani-Kaiowá. As informações davam conta de que
170 índios poderiam cometer o suicídio durante os próximos dias como forma de
pôr fim aos males provocados por algumas doenças como a leishmaniose.
A informação foi
confirmada pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena de Mato
Grosso do Sul, Fernando da Silva Souza. “Nos últimos dez anos mais de 200
índios cometeram suicídio por não encontrarem uma solução para problemas de
saúde”, disse Silva Souza.
No entanto, esta
quarta-feira, o Conselho Indigenista Missionário emitiu um comunicado que
revela que afinal pode não tratar-se de um suicídio colectivo, mas antes de uma
morte colectiva, já que os índios decidiram ficar na terra a resistir à
desapropriação autorizada pela Justiça Federal de Navirai, no Mato Grosso do
Sul.
Na carta, refere o
Conselho Indigenista Missionário, não há qualquer menção a um suposto suicídio
colectivo. O conselho defende que o suicídio entre os Kaiowá e Guarani já
ocorre há tempo, sobretudo, entre os jovens.
Entre 2003 e 2010
foram cometidos 555 suicídios entre os Kaiowá e Guarani motivados por situações
de confinamento, falta de perspectiva, violência aguda e variada, afastamento
das terras tradicionais e vida em acampamentos às margens de estradas. No
entanto, nunca houve registro de suicídios em massa ou organizados.
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