Redação PG
Duas notícias
constantes no jornal Público e aqui reproduzidas dão conta da dimensão da
supremacia do capital angolano a adquirir de jorro a jorro o que é português nos
vários setores que lhe interessam dominar.
Verdadeiramente
preocupante é a posse do capital angolano de orgãos de comunicação social. É legítimo
suspeitar-se de que o objetivo primordial é instalar o “abafo” e débito da
liberdade de informação a exemplo do que acontece na comunicação social
angolana.
Nesta má semelhança
de democracia em que Portugal sobrevive ainda pior será o panorama com capitais
angolanos a possuir a Controlinveste, que inclui dois jornais de referência
(Jornal de Notícias e Diário de Notícias) e uma rádio (TSF) que ainda hoje leva
a reboque todas as outras rádios da sua área de conteúdos, debate, notícias,
reportagens, etc. Um jornalismo sonoro, responsável, bem elaborado e muito
vivo. Uma rádio que revolucionou e reinventou a rádio e a informação que chega à
audição dos inúmeros portugueses em Portugal e no estrangeiro.
Enquanto isso,
enquanto os capitais angolanos vão comprando Portugal e os portugueses, os
angolanos sobrevivem com enormes carências… Porque será? De onde vem tanto
dinheiro?
Grupo angolano
avança para a compra da Controlinveste de Joaquim Oliveira
18.10.2012 - 19:43
Por Pedro Crisóstomo
O empresário
Joaquim Oliveira está em negociações para vender a Controlinveste a um grupo
angolano com quem já acordou o negócio, mas falta fechar o contrato que
efectiva a alienação do grupo de media dono dos títulos históricos Diário
de Notícias e Jornal de Notícias e da TSF.
A notícia foi
avançada pelo Diário Económico, citando fonte oficial da Controlinveste, e
confirmada mais tarde pela própria rádio do grupo.
O nome do investidor em causa não é conhecido, nem o montante envolvido na operação. A TSF avançou ter sido assinado “há vários meses” um acordo com um grupo angolano (que também não identificou), estando por concretizar a mudança de propriedade.
O negócio, adiantou a mesma rádio, inclui, para além da área dos media da Controlinveste (ou seja, jornais, revistas e rádio), a da distribuição, mas deixa de fora a Sport TV, segundo oDiário Económico. De acordo com o mesmo jornal, a participação que a Controlinveste tem na empresa de distribuição Vasp — em partes iguais com a Cofina e a Impresa — também faz parte do negócio.
A venda significará a passagem para capitais angolanos de uma área de negócio que inclui títulos históricos da imprensa portuguesa. Entre os jornais detidos a 100% pela Controlinveste estão, para além dos centenários DN e JN, o desportivo O Jogo, o Açoriano Oriental, o Diário de Notícias Madeira e o Jornal do Fundão.
Em Portugal, os interesses angolanos nos media estão já presentes através da Newshold, que detém o semanário Sol, pelo menos 15% da Cofina (que detém o Correio da Manhã eJornal de Negócios, entre outros títulos), menos de 2% do grupo Impresa (dono da SIC e doExpresso) e é uma potencial candidata à privatização da RTP.
Ao sair da área dos media, mas mantendo-se na Sport TV, Joaquim Oliveira centra, assim, o seu negócio nos direitos televisivos e desportivos. O PÚBLICO tentou contactar o empresário, que lidera o conselho de administração da Controlinveste, e Rolando Oliveira, vice-presidente, mas sem sucesso até ao fecho desta edição. com M.L.. L.B., L.V, R.A.
O nome do investidor em causa não é conhecido, nem o montante envolvido na operação. A TSF avançou ter sido assinado “há vários meses” um acordo com um grupo angolano (que também não identificou), estando por concretizar a mudança de propriedade.
O negócio, adiantou a mesma rádio, inclui, para além da área dos media da Controlinveste (ou seja, jornais, revistas e rádio), a da distribuição, mas deixa de fora a Sport TV, segundo oDiário Económico. De acordo com o mesmo jornal, a participação que a Controlinveste tem na empresa de distribuição Vasp — em partes iguais com a Cofina e a Impresa — também faz parte do negócio.
A venda significará a passagem para capitais angolanos de uma área de negócio que inclui títulos históricos da imprensa portuguesa. Entre os jornais detidos a 100% pela Controlinveste estão, para além dos centenários DN e JN, o desportivo O Jogo, o Açoriano Oriental, o Diário de Notícias Madeira e o Jornal do Fundão.
Em Portugal, os interesses angolanos nos media estão já presentes através da Newshold, que detém o semanário Sol, pelo menos 15% da Cofina (que detém o Correio da Manhã eJornal de Negócios, entre outros títulos), menos de 2% do grupo Impresa (dono da SIC e doExpresso) e é uma potencial candidata à privatização da RTP.
Ao sair da área dos media, mas mantendo-se na Sport TV, Joaquim Oliveira centra, assim, o seu negócio nos direitos televisivos e desportivos. O PÚBLICO tentou contactar o empresário, que lidera o conselho de administração da Controlinveste, e Rolando Oliveira, vice-presidente, mas sem sucesso até ao fecho desta edição. com M.L.. L.B., L.V, R.A.
22.10.2012 - 09:48
Por Paulo Miguel Madeira
O Banco Comercial
Português (BCP) informou nesta segunda-feira que a Sonangol-Sociedade Nacional
de Combustíveis de Angola aumentou para mais de 15% a posição qualificada no
banco, reforçando assim o estatuto de maior accionista do maior banco privado
nacional.
Este reforço
“resultou da aquisição, a 15 de Outubro de 2012, em mercado regulamentado, de
um total de 40.000.000 acções do BCP”, lê-se num comunicado publicado nesta
segunda-feira no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
A Sonangol passou assim a deter quase três mil milhões (2.971.408.737) de acções ordinárias do BCP, representativas de 15,08% do capital social e respectivos direitos de voto.
A Sonangol já era o maior accionista do BCP, detendo mais de 11% do capital social em 30 de Junho. Nessa data, seguiam-se o Grupo Teixeira Duarte, com 5,36%, o Banco Sabadel, com 3,97%, e o Grupo Berardo, com 3,07%.
A petrolífera angolana tinha autorização do Banco de Portugal para aumentar a posição no BCP até 20% do capital.
A Sonangol passou assim a deter quase três mil milhões (2.971.408.737) de acções ordinárias do BCP, representativas de 15,08% do capital social e respectivos direitos de voto.
A Sonangol já era o maior accionista do BCP, detendo mais de 11% do capital social em 30 de Junho. Nessa data, seguiam-se o Grupo Teixeira Duarte, com 5,36%, o Banco Sabadel, com 3,97%, e o Grupo Berardo, com 3,07%.
A petrolífera angolana tinha autorização do Banco de Portugal para aumentar a posição no BCP até 20% do capital.
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