Diretor dos
Correios lamenta atrasos de encomendas de Portugal
09 de Outubro de
2012, 12:28
Bissau, 09 out
(Lusa) - O diretor dos Correios da Guiné-Bissau lamentou hoje o "atraso
nas encomendas de Portugal" que se tem verificado sobretudo nos últimos
dois meses, uma situação provocada pela TAP e que "afeta a imagem dos
correios".
Lino Leal da Silva
falava hoje em Bissau a propósito do Dia Mundial dos Correios, assinalado na
capital guineense com uma pequena cerimónia, mas sem o lançamento de qualquer
selo alusivo à efeméride.
A Associação
Internacional das Comunicações de Expressão Portuguesa tinha proposto que hoje
fosse lançado em cada país lusófono um selo de homenagem a um escritor local,
mas na Guiné-Bissau tal não aconteceu.
De acordo com Lino
Leal da Silva será lançado em Portugal, no próximo mês, mais um selo "da
gama Amílcar Cabral". Portugal é o "parceiro direto" da
Guiné-Bissau nesta área, disse o responsável.
Os projetos dos
Correios da Guiné-Bissau passam, disse, por informatizar os serviços e
"fazer com que os postos do interior funcionem a cem por cento".
O correio para
Bissau vindo da Europa é feito essencialmente através da TAP, que tem voos
regulares para a Guiné-Bissau, mas os aviões que aterram na capital guineense
nem sempre trazem encomendas.
"Temos atrasos
de dois ou três voos", lamentou Lino Leal da Silva, explicando que os atrasos
se têm verificado sobretudo nos últimos dois meses.
"Apesar dos
transtornos ocorridos no nosso mundo, a comunidade postal está ainda em
condições de garantir a integridade dos serviços postal universal e circulação
dos objetos postal em um território único", disse o responsável na
cerimónia.
O Dia Mundial dos
Correios assinala a data de criação da União Postal Universal, a 09 de outubro
de 1874.
FP // VM.
Procuradoria da
Guiné-Bissau proíbe políticos de falarem sobre golpe de Estado
09 de Outubro de
2012, 15:45
Bissau, 09 Out
(Lusa) - A Procuradoria-Geral da Guiné-Bissau proibiu os políticos de falarem
sobre o último golpe de Estado no país, ocorrido em abril, alegando o segredo
das investigações.
A ordem, emitida em
comunicado na semana passada, foi hoje confirmada à imprensa pelo
procurador-geral adjunto Rui Sanhá.
"É uma medida
normal quando se está em fase de investigações dos processos. As normas
processuais exigem que não haja certos comentários que possam complicar as
investigações, foi preciso que emitíssemos aquele comunicado chamando a atenção
às pessoas, sobretudo aos políticos, que gostam de usar a imprensa para falar
dos processos", notou Rui Sanhá.
De acordo com o
responsável, o Ministério Público tomou essa medida para evitar que haja
perturbação ao andamento dos inquéritos sobre o golpe de Estado de 12 de abril
no qual os militares destituíram e prenderam o Presidente da República
interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.
Estes dois
ex-responsáveis vivem em Portugal desde que foram postos em liberdade pelos
militares. Rui Sanhá negou, contudo, que a medida signifique cercear a
liberdade de expressão dos políticos.
"Em matéria de
investigação ninguém pode utilizar os factos em análise. É uma situação
normal", disse Sanhá, sublinhando que, embora não possa revelar
pormenores, as investigações "decorrem normalmente".
"O processo
decorre normalmente mas não podemos dizer aqui e agora o que foi feito",
afirmou Rui Sanhá, que falava à imprensa após uma audiência com uma responsável
da secção de Direitos Humanos do Departamento de Estado norte-americano.
Karen Smith, que se
encontra em visita à Guiné-Bissau, disse ter aproveitado para "fazer uma
visita de cortesia" ao procurador-geral guineense sobre o período de
transição em curso no país e o rumo da democracia.
Perante a
insistência dos jornalistas, sobre se não falaram os processos de assassinatos
em investigação na Procuradoria, Karen Smith disse ter falado com o procurador
"apenas sobre o andamento da democracia" no país.
MB //JMR.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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