terça-feira, 30 de outubro de 2012

Moçambique: “CUMPRIDOR” NAS EXTRATIVAS, ÍNDICES ALARMANTES DE CORRUPÇÃO

 
 
Moçambique obtém estatuto de "cumpridor" da transparência na indústria extrativa
 
30 de Outubro de 2012, 08:40
 
Maputo, 30 out (Lusa) - O Conselho da Iniciativa de Transparência das Indústrias Extrativas (EITI) atribuiu no fim de semana o estatuto de "cumpridor" das regras da transparência no setor a Moçambique, anunciou hoje a entidade na sua página da Internet.
 
A decisão foi tomada na reunião do Conselho da EITI em Lusaka, capital da Zâmbia.
 
Segundo a organização, criada em outubro de 2008 pelos países mais industrializados do mundo para a promoção da transparência na indústria extrativa, Moçambique mostrou ao Conselho da EITI dispor de um processo eficaz de apresentação e reconciliação de receitas anuais provenientes do setor extrativo.
 
"Isto permite aos cidadãos ver quanto é que o país recebe de receitas de gás, pesquisa petrolífera e companhias mineiras", refere-se no comunicado da empresa.
 
Comentando a atribuição do estatuto de cumpridor a Moçambique, a presidente da EITI, a britânica Clare Short, lembrou que "Moçambique enfrenta uma encruzilhada com a ameaça de as receitas provenientes da indústria extrativa poderem resultar na redução das receitas originadas por outras fontes da economia".
 
"A adesão ao EITI significa que o país se compromete a ser transparente na gestão dos recursos", acrescentou.
 
Para Clare Short, ao vincular-se aos padrões defendidos pelo EITI, Moçambique assume a obrigação de reverter os benefícios gerados pelo setor dos recursos naturais a favor da população.
 
Com a aceitação da candidatura de Moçambique ao estatuto de país cumpridor, passam a 16 os Estados qualificados nessa categoria, adianta a página de Internet da EITI.
 
PMA // PMC
 
Doadores mantêm preocupação com índices de corrupção em Moçambique
 
30 de Outubro de 2012, 09:03
 
Maputo, 30 out (Lusa) - O grupo dos 19 países e organizações que apoiam diretamente o Orçamento Geral do Estado moçambicano manifestou na segunda-feira preocupação com a persistência da corrupção no país, instando o Governo a aplicar com celeridade as novas leis anticorrupção.
 
O descontentamento do que em Moçambique é chamado por G-19, que integra Portugal, foi transmitido ao Governo em Maputo num encontro entre as duas partes.
 
Falando em nome dos doadores, o embaixador da Dinamarca, Morgens Perdersen, afirmou que a comunidade internacional mantém as suas já antigas preocupações com o elevado índice de corrupção em Moçambique.
 
"Enquanto não são criadas as condições para a criação das leis contra a corrupção já aprovadas, pensamos que o quadro jurídico existente permite desenvolver ações concretas em matéria de prevenção e combate à corrupção. A administração pública tem um papel fundamental na prevenção, enquanto na parte punitiva o sistema judicial tem a responsabilidade principal", assinalou Morgens Perdersen.
 
O embaixador dinamarquês realçou a importância do recente reforço dos poderes do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) como um progresso nos esforços do país contra esta prática.
 
Apesar de estarem a ganhar maior visibilidade, os processos judiciais relacionados com casos de corrupção em Moçambique, as autoridades têm sido criticadas por punirem judicialmente funcionários de escalões baixos e intermédios, sendo poucos os casos de condenação de dirigentes do topo do aparelho do Estado.
 
PMA // VM.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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