Combatentes da
guerra civil ameaçam manifestar-se perante Presidente moçambicano
23 de Outubro de
2012, 14:39
Nampula, 23 out
(Lusa) - Antigos desmobilizados da guerra civil moçambicana ameaçaram hoje
receber, na quinta-feira o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, no
Aeroporto Internacional de Nampula, norte do país, com manifestações contra a
alegada morosidade no pagamento das suas pensões.
Armando Guebuza
estará na província de Nampula, na quinta-feira, para dirigir o lançamento
oficial da campanha agrícola 2012-2013 e participar na cerimónia de graduação
de cadetes da Academia Samora Machel.
Em declarações à
Lusa em Nampula, Agostinho José Ribeiro, porta-voz dos auto-intitulados
Combatentes da Soberania e da Democracia, que congrega ex-militares
governamentais e da guerrilha da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo),
atual principal partido da oposição, afirmou que o grupo pretende manifestar-se
à chegada do chefe de Estado para reivindicar o pagamento célere das pensões.
"Pretendemos
também denunciar a exclusão social e falta de acesso ao emprego e de fundos
para o desenvolvimento de projetos de rendimento", afirmou Agostinho José
Ribeiro, cujo grupo é supostamente composto por cerca de 11 mil antigos
combatentes da guerra civil de 1976-1992.
O porta-voz dos
combatentes da guerra civil acusou as instituições do Estado de desrespeitarem
a decisão do Governo de facilitar o acesso dos seus filhos ao ensino, com
alegadas reprovações em massa nos exames de ingresso.
"Todos os
filhos dos combatentes que concorreram aos institutos de ciências de saúde e de
formação de professores em Nampula foram apurados nos exames escritos, mas
reprovaram nas provas orais", disse Agostinho José Ribeiro.
Confrontado com a
ameaça de protestos dos desmobilizados de guerra, o diretor Provincial dos
Combatentes em Nampula, José Graminho, disse apenas ter mantido um encontro com
o grupo, recusando entrar em pormenores sobre os resultados da reunião.
LYR // HB
Organizações do
norte de Moçambique recorrem ao teatro para debater "temas tabu"
23 de Outubro de
2012, 15:59
Nampula,
Moçambique, 23 out (Lusa) - Organizações da sociedade civil moçambicana de
combate ao HIV/SIDA, violência doméstica e tratamento de água potável, baseadas
no norte de Moçambique, anunciaram que vão apoostar no teatro para promover
mudanças de comportamento das populações da região.
Em declarações à
agência Lusa, Augusto Basílio, da N´weti, Organização Não Governamental (ONG)
que trabalha na área da saúde sexual, disse que a estratégia pretende vencer a
resistência da população aos apelos para a adoção de uma conduta saudável.
Segundo Augusto
Basílio, apesar de inúmeras ações de sensibilização sobre os riscos de
contaminação de doenças, pesquisas realizadas no norte de Moçambique indicam
que as populações continuam a consumir água imprópria e a ter relações sexuais
desprotegidas.
"Através do
drama, vamos continuar a informar as pessoas. Queremos fazer do teatro um meio
de divulgação das nossas mensagens de sensibilização sobre os diferentes temas.
Através do teatro, podemos até discutir com as comunidades a questão dos
tabus", afirmou o técnico da N´weti.
À luz deste
projeto, inicia-se na sexta-feira na vila sede de Namapa, na província de
Nampula, um festival de teatro dramático com a participação de sete grupos, que
durante três dias vão fazer representações sobre questões ligadas à saúde
sexual e ao meio.
LYR // NV.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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