Governo regional
são-tomense do Príncipe procura financiamento para executar o plano de
desenvolvimento
23 de Outubro de
2012, 10:39
São Tomé, 23 out
(Lusa) - O Governo regional do Príncipe, em São Tomé e Príncipe, lançou hoje
uma campanha para mobilizar meios financeiros para executar o seu plano de
desenvolvimento regional, avaliado em 70 milhões de euros.
Concebido para os
próximos 10 anos, o plano que foi apresentado aos parceiros de desenvolvimento
bilateral e multilateral numa mesa redonda na capital são-tomense e prioriza os
setores de infraestruturas, saúde, educação e meio ambiente.
"Estamos a
falar num plano avaliado em 70 milhões de euros que vão ser implementados de
uma forma faseada", disse José Cardoso Cassandra, presidente do governo
regional.
O executivo da ilha
do Príncipe quer que o plano de desenvolvimento da Região Autónoma do Príncipe
arranque já no próximo ano, por isso juntou os parceiros de desenvolvimento do
arquipélago para a procura de financiamento.
"Eu não posso
dizer que Portugal vai colaborar neste plano ou naquele em concreto porque nós
temos um programa de cooperação (com São Tomé e Príncipe) já definido e que tem
alguma ambição também. E nessa medida concretizaremos esse plano para o período
2012/2015 que é plano de facto bastante abrangente", explicou a
embaixadora de Portugal, Ana Paula Silva.
O plano estratégico
para o desenvolvimento do Príncipe é projeto concebido para potenciar o
desenvolvimento da pequena ilha de forma sustentada, protegendo a biosfera e o
ecossistema que foi classificada recentemente pela UNESCO como reserva mundial
da biosfera.
As Nações Unidas
prometeram financiar o projeto, mas não especificaram em que montante.
"Assume
particular importância a criação de condições para que se torne exequível que
as Nações Unidas serão mais uma vez chamadas a prestar a sua assistência. Quero
assegurar ao Sr. presidente do governo regional que poderá continuar a contar
com o apoio do sistema das Nações Unidas, particularmente o PNUD",
assegurou o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD).
O Governo central
do arquipélago assume-se como o principal financiador deste programa, tendo o
ministro das Finanças e Cooperação Internacional, Américo Ramos, advertido para
a necessidade de o investimento a ser feito se refletir na melhoria das
condições de vida dos mais de seis mil naturais do Príncipe.
"Esse novo
modelo deve ser sustentado por um crescimento económico que resulte num maior
acesso às oportunidades económicas para um maior número de pessoas, protegendo
simultaneamente os mais vulneráveis, num ambiente de equidade, justiça e de
pluralidade", explicou Américo Ramos.
MYB // VM.
Ministro da Saúde
são-tomense reconhece dificuldades nas novas funções
23 de Outubro de
2012, 11:29
São Tomé, 23 out
(Lusa) - O novo ministro da Saúde e Assuntos Sociais de São Tomé e Príncipe,
Carlos Gomes, empossado na segunda-feira pelo Presidente são-tomense, Manuel
Pinto da Costa, reconheceu hoje que o exercício das suas novas funções não vai
ser fácil.
"De facto,
estou consciente da situação difícil em que o país vive, resultado da crise
económica e financeira internacional, também estou consciente do cenário
político são-tomense que não é muito agradável neste momento e também estou
consciente dos graves problemas por que passa a saúde em São Tomé e
Príncipe", explicou, em declarações a jornalistas.
Formada em
filosofia e teologia, Carlos Gomes citou um ditado popular para justificar a
aceitação do cargo: "cada dificuldade é um desafio e cada desafio é uma
oportunidade", disse, explicando que aceitou assumir as funções,
consciente de todos esses cenários, de todas essas situações".
Na recente
"presidência direta" feita ao setor da Saúde, o Presidente
são-tomense disse que os hospitais e centros de saúde estão a viver "uma
realidade difícil", sublinhando que o arquipélago "está muito aquém
do que deveria estar em matéria de prestação de cuidados de saúde".
Manuel Pinto da
Costa considerou que está é "uma realidade que não pode, em conjuntura
alguma, ser escondida ou omitida", tendo feito referencia "à extrema
e contínua degradação das infraestruturas de saúde, a insatisfação e desespero
dos profissionais e utentes com a escassez ou inexistência de utensílios
básicos e medicamentos".
Afirmando que está
a par destes problemas, o novo titular da saúde deseja "contar com a
colaboração de todos os técnicos e profissionais da saúde para juntos mudarmos
a imagem do setor da saúde" que, reconhece, "não vai ser fácil".
"Mas diante de
todos os problemas, vamos ter que eleger a prioridade, aquilo que é mais
prioritário, mais importante e mais urgente", disse.
MYB // VM.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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