quarta-feira, 24 de outubro de 2012

São Tomé e Príncipe: FINANCIAMENTO E DESENVOLVIMENTO, DIFICIL MINISTRAR SAÚDE

 


Governo regional são-tomense do Príncipe procura financiamento para executar o plano de desenvolvimento
 
23 de Outubro de 2012, 10:39
 
São Tomé, 23 out (Lusa) - O Governo regional do Príncipe, em São Tomé e Príncipe, lançou hoje uma campanha para mobilizar meios financeiros para executar o seu plano de desenvolvimento regional, avaliado em 70 milhões de euros.
 
Concebido para os próximos 10 anos, o plano que foi apresentado aos parceiros de desenvolvimento bilateral e multilateral numa mesa redonda na capital são-tomense e prioriza os setores de infraestruturas, saúde, educação e meio ambiente.
 
"Estamos a falar num plano avaliado em 70 milhões de euros que vão ser implementados de uma forma faseada", disse José Cardoso Cassandra, presidente do governo regional.
 
O executivo da ilha do Príncipe quer que o plano de desenvolvimento da Região Autónoma do Príncipe arranque já no próximo ano, por isso juntou os parceiros de desenvolvimento do arquipélago para a procura de financiamento.
 
"Eu não posso dizer que Portugal vai colaborar neste plano ou naquele em concreto porque nós temos um programa de cooperação (com São Tomé e Príncipe) já definido e que tem alguma ambição também. E nessa medida concretizaremos esse plano para o período 2012/2015 que é plano de facto bastante abrangente", explicou a embaixadora de Portugal, Ana Paula Silva.
 
O plano estratégico para o desenvolvimento do Príncipe é projeto concebido para potenciar o desenvolvimento da pequena ilha de forma sustentada, protegendo a biosfera e o ecossistema que foi classificada recentemente pela UNESCO como reserva mundial da biosfera.
 
As Nações Unidas prometeram financiar o projeto, mas não especificaram em que montante.
 
"Assume particular importância a criação de condições para que se torne exequível que as Nações Unidas serão mais uma vez chamadas a prestar a sua assistência. Quero assegurar ao Sr. presidente do governo regional que poderá continuar a contar com o apoio do sistema das Nações Unidas, particularmente o PNUD", assegurou o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
 
O Governo central do arquipélago assume-se como o principal financiador deste programa, tendo o ministro das Finanças e Cooperação Internacional, Américo Ramos, advertido para a necessidade de o investimento a ser feito se refletir na melhoria das condições de vida dos mais de seis mil naturais do Príncipe.
 
"Esse novo modelo deve ser sustentado por um crescimento económico que resulte num maior acesso às oportunidades económicas para um maior número de pessoas, protegendo simultaneamente os mais vulneráveis, num ambiente de equidade, justiça e de pluralidade", explicou Américo Ramos.
 
MYB // VM.
 
Ministro da Saúde são-tomense reconhece dificuldades nas novas funções
 
23 de Outubro de 2012, 11:29
 
São Tomé, 23 out (Lusa) - O novo ministro da Saúde e Assuntos Sociais de São Tomé e Príncipe, Carlos Gomes, empossado na segunda-feira pelo Presidente são-tomense, Manuel Pinto da Costa, reconheceu hoje que o exercício das suas novas funções não vai ser fácil.
 
"De facto, estou consciente da situação difícil em que o país vive, resultado da crise económica e financeira internacional, também estou consciente do cenário político são-tomense que não é muito agradável neste momento e também estou consciente dos graves problemas por que passa a saúde em São Tomé e Príncipe", explicou, em declarações a jornalistas.
 
Formada em filosofia e teologia, Carlos Gomes citou um ditado popular para justificar a aceitação do cargo: "cada dificuldade é um desafio e cada desafio é uma oportunidade", disse, explicando que aceitou assumir as funções, consciente de todos esses cenários, de todas essas situações".
 
Na recente "presidência direta" feita ao setor da Saúde, o Presidente são-tomense disse que os hospitais e centros de saúde estão a viver "uma realidade difícil", sublinhando que o arquipélago "está muito aquém do que deveria estar em matéria de prestação de cuidados de saúde".
 
Manuel Pinto da Costa considerou que está é "uma realidade que não pode, em conjuntura alguma, ser escondida ou omitida", tendo feito referencia "à extrema e contínua degradação das infraestruturas de saúde, a insatisfação e desespero dos profissionais e utentes com a escassez ou inexistência de utensílios básicos e medicamentos".
 
Afirmando que está a par destes problemas, o novo titular da saúde deseja "contar com a colaboração de todos os técnicos e profissionais da saúde para juntos mudarmos a imagem do setor da saúde" que, reconhece, "não vai ser fácil".
 
"Mas diante de todos os problemas, vamos ter que eleger a prioridade, aquilo que é mais prioritário, mais importante e mais urgente", disse.
 
MYB // VM.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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