Notícias (mz), com foto
A hidroeletrica de
Cahora Bassa está a negociar a provisão de energia para assegurar o
funcionamento do projecto de exploração de carvão mineral de Chirodzi a ser
desenvolvido pelo grupo indiano Jindal Steel and Power (JSPL) na bacia
sedimentar do Zambaze, na província de Tete.
As negociações
envolvem o principal distribuir de energia em Moçambique, a empresa
Electricidade de Moçambique (EDM) que, neste momento, recebe da HCB pouco acima
de 500Mw.
A HCB tem uma
capacidade instalada de produção de 2015Mw, mas em Julho viu-se forçada a
reduzir as quantidades de energia para a exportação, devido à avaria na bobine
de alisamento de corrente contínua.
Numa longa entrevista
sobre HCB, cujos excertos constam da segunda página desta edição, o respectivo
presidente do Conselho de Administração, Paulo Muxanga, indicou que numa
primeira fase, a Jindal necessita de 20Mw de energia, quantidade que facilmente
poderá ser encontrada na reserva que é destinada à província de Tete.
A Jindal pretende
iniciar as suas operações dentro dos próximos meses e numa primeira fase, ou
seja, a partir de 2013 a produção da mina deverá alcançar 2.68 milhões de
toneladas de carvão de coque para exportação e 3.9 milhões de toneladas de
carvão térmico para o mercado interno e externo.
Com esta produção,
o grupo indiano poderá tornar-se na terceira companhia a entrar na fase de
extracção de carvão mineral em grande escala, em Moçambique, depois da brasileira
Vale e da Anglo Australiana Rio Tinto.
O valor global do
investimento para Chirodzi foi calculado em 180 milhões de dólares
norte-americanos.
Segundo soubemos,
na fase final, está a construção de infra-estruturas auxiliares da mina. Até
aqui estão concluídos, o centro de Saúde, escritórios, rede de comunicações e
7.3 quilómetros de estrada de acesso à área da mina. Também se encontra
aprovada e emitida a licença ambiental continuando o processo de obtenção do
DUAT.
Na área de
instalações para o processamento de carvão foi comissionada e iniciada a
construção da planta de processamento de carvão desde o princípio do ano em
curso.
Na área de
abastecimento de energia foi concluída a construção da subestação, prevendo-se
que, dentro dos próximos tempos, sejam implantadas todas as infra-estruturas
para garantir o início da produção.
O projecto de
carvão de Chirodzi é de importância estratégica para a JSPL que, em 2020,
pretende estar a produzir 20 milhões de toneladas de aço e 21 mil megawatts de
energia eléctrica, neste último caso em associação com a sua subsidiária Jindal
Power.
Em Moçambique, o
grupo dispõe de uma mina de carvão com reservas estimadas em 1,2 mil milhões de
toneladas, cuja licença mineira foi atribuída pelas autoridades moçambicanas em
Fevereiro de 2009.
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