quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Moçambique: TAILÂNDIA CLEMENTE, DAR À LUZ, AUMENTOS NOS TRANSPORTES

 


Moçambique pede clemência às autoridades tailandesas que detiveram moçambicana por posse de droga
 
25 de Outubro de 2012, 09:48
 
Maputo, 25 out (Lusa) - Moçambique pediu ao Governo da Tailândia a comutação da pena capital que deverá ser aplicada a uma moçambicana presa no aeroporto de Phuket, com seis quilogramas de metanfetamina, droga que estimula o sistema nervoso central.
 
A cidadã moçambicana, de 30 anos, mãe de três filhos, viajou de Moçambique, via Quénia, passando pelo Qatar e pela Malásia, e chegou a Phuket num voo de Kuala Lumpur na madrugada de sábado, onde foi encontrada com drogas avaliadas em 528 mil euros.
 
O Governo moçambicano enviou um ofício às autoridades tailandesas a solicitar a não aplicação de pena de morte e a reduzir a sanção, e garantiu assistência jurídica de advogados tailandeses à cidadã moçambicana, disse hoje aos jornalistas a ministra da Justiça de Moçambique, Benvinda Levi.
 
O ministro dos Transportes e Comunicações moçambicano, Paulo Zucula, que efetua uma visita de trabalho à Tailândia, fará chegar ao Governo de Banguecoque o pedido do Presidente moçambicano, Armando Guebuza, disse Benvinda Levi.
 
De acordo com a legislação tailandesa, a posse de mais de 20 gramas de metanfetamina, droga classificada como de "categoria 1", é considerada como "tráfico com intenção de comercialização" e tem como punição máxima a pena de morte, mas raramente se aplica o castigo, que é comutado para a prisão perpétua.
 
"Temos consciência de que a situação é extremamente complicada", reconheceu a ministra da Justiça moçambicana, sublinhando que esta é a segunda maior quantidade de droga apreendida na Tailândia.
 
Dados governamentais indicam que 67 moçambicanos, maioritariamente mulheres, estão detidos no Brasil indiciados de tráfico de droga, e outros três estão presos na China, onde se aplica pena capital, mas estes já beneficiaram da comutação da pena.
 
Contudo, Benvinda Levi admitiu a possibilidade de haver muitos outros na mesma situação, mas que as autoridades moçambicanas desconhecem, porque "há muita gente que está a viajar iludida" para o estrangeiro.
 
MMT // VM.
 
Empresas portuguesas de iluminação procuram em Moçambique alternativa à crise na Europa
 
25 de Outubro de 2012, 09:58
 
Maputo, 25 out (Lusa) - Empresas portuguesas da indústria de iluminação querem apostar no "promissor" mercado moçambicano, como uma das alternativas à retração da procura na Europa, disse hoje à Lusa o presidente da Associação dos Industriais Portugueses de Iluminação (AIPI).
 
Uma missão com oito empresas filiadas na AIPI encontra-se em Moçambique para avaliar o setor no país e a possibilidade de negócios.
 
"O estatuto de economia emergente, com os índices de crescimento económico que regista, faz de Moçambique um país com muito potencial e promissor", disse à Lusa Modesto Castro, presidente da AIPI.
 
A dinâmica empresarial que Moçambique está a viver é uma oportunidade para a vertente da iluminação técnica dos associados da AIPI e o surgimento de uma classe social com maior poder de compra oferece uma margem de negócios para a iluminação decorativa, acrescentou.
 
"Trabalhamos com iluminação decorativa, virada para habitações, e com a iluminação técnica, para empresas, hotéis e outro tipo de unidades empresariais", enfatizou o presidente da AIPI.
 
As vantagens que Moçambique oferece, sublinhou Modesto Castro, dão garantias de que o país pode funcionar como uma das alternativas à contração da procura na Europa, devido à crise na União Europeia (UE).
 
"Está tudo em aberto, incluindo a instalação de fábricas de marcas portuguesas da indústria de iluminação. As parcerias com os empresários locais também podem ser um dos caminhos", acrescentou Modesto Castro.
 
PMA // MBA
 
Assembleia Municipal de Maputo aprova aumentos dos transportes com efeitos imediatos
 
25 de Outubro de 2012, 12:52
 
Maputo, 25 de out (Lusa) - A Assembleia Municipal de Maputo aprovou hoje, "com efeitos imediatos", novos preços nos transportes de passageiros dos operadores privados, vulgo "chapas", e nos autocarros públicos do Estado.
 
Os novos preços passam a ser de 7,5 meticais (cerca de 18 cêntimos de euro) para uma viagem de autocarro público e de 9 meticais (cerca de 23 cêntimos) nos "chapas". Antes, eram respetivamente, de 5 e 7,5 meticais.
 
A decisão foi aprovada com os votos favoráveis da bancada maioritária da Frelimo, a que se juntaram os dois vereadores do grupo cívico Juntos Pela Cidade (JPC), enquanto a Renamo, a maior bancada da oposição na Assembleia Municipal de Maputo, votou contra.
 
Bispos moçambicanos consideram despenalização do aborto "uma aberração ética" e condenam a bigamia
 
25 de Outubro de 2012, 13:01
 
Maputo, 25 out (Lusa) - Os bispos católicos de Moçambique consideram a despenalização e legalização do aborto "uma aberração ética, destinada a promover a prática pelo desrespeito pela vida alheia" e uma forma de "aniquilar o património cultural" dos moçambicanos.
 
Em carta pastoral, os bispos da igreja católica do país afirmam que "o avanço tecnológico das ciências biomédicas não confere nenhum poder ao homem para supressão de seres humanos inocentes, mas, sim, deve servir para o bem integral do homem".
 
O parlamento moçambicano vai discutir, em breve, a despenalização do aborto no país, penalizado por uma lei colonial de 1886, justificando com a necessidade de se reduzirem as mortes associadas ao aborto clandestino.
 
Mas os clérigos lamentam "o silêncio que acompanha a abordagem sobre a legalização do aborto de forma temerária", considerando que "isso fere não só as consciências mais agudas, como mexe com variados grupos sociais e suas sensibilidades na conjuntura do tecido social das famílias moçambicanas".
 
No documento enviado à Lusa, os bispos afirmam que "o aborto provocado, sejam quais forem as razões, é sempre uma violência injusta contra um ser humano que nenhuma razão justifica eticamente".
 
"Pensar na despenalização do aborto é aniquilar o património cultural do povo moçambicano que, desde sempre, apostou na defesa deste preciosíssimo tesouro da vida que lhe vem como uma bênção" de Deus, referem os bispos na sua visão sociocultural da problemática sobre a legitimação do aborto em Moçambique.
 
A liderança católica em Moçambique criticou a proposta da despenalização da bigamia, cuja discussão irá ocorrer também brevemente no Parlamento moçambicano.
 
Para a Conferência Episcopal, "na proposta da despenalização da bigamia transparece um machismo camuflado em que o homem pretende enveredar pela poligamia e não o contrário".
 
Para os bispos católicos, esta proposta negligencia o princípio da igualdade e género, o que viola a constituição moçambicana que confere direitos iguais para homens e mulheres.
"Se ´mulheres e homens gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres`, a bigamia dá a possibilidade de cada um, homem ou mulher, ter segundas núpcias oficiais, formando uma convivência familiar", denunciam.
 
Por isso, afirmam os bispos católicos de Moçambique, "isto criaria, pelo menos como hipótese, uma família depravada, incongruente, absurda e doentia, onde o homem traria para o lar conjugal uma segunda mulher e a mulher estaria também autorizada a trazer o seu segundo homem".
 
MMT // VM.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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