sábado, 13 de outubro de 2012

Portugal: CERCO AO PARLAMENTO VAI PEDIR DEMISSÃO DO GOVERNO NA SEGUNDA-FEIRA

 

i online - Lusa
 
Os movimentos organizadores do “Cerco ao Parlamento”, na segunda-feira em Lisboa, para contestar o Orçamento de Estado para 2013 disseram hoje que vão voltar a pedir a demissão do Governo e o dinheiro “canalizado para o povo”.
 
Em conferência de imprensa junto à Assembleia da República, onde se preparava a chegada da marcha contra o desemprego da central sindical CGTP, representantes dos movimentos 15 de outubro e Sem Emprego explicaram os recados que vão transmitir a partir das 18:00 de segunda-feira.
 
“Chega de dinheiro para o BPN (Banco Português de Negócios). Chega de dinheiro para as Parcerias Público Privadas. Chega de escândalos para os submarinos e o dinheiro tem de ser canalizado para o povo”, resumiu Alexandra Martins, do movimento 15 de outubro.
 
Pelo Movimento Sem Emprego, Ana Rajado apelou às “pessoas que venham para a rua porque só mobilizando-se e lutando é que se pode reverter esta situação”.
 
Ana Rajado garantiu que o Governo está a ficar “cada vez mais fragilizado e há setores ligados aos partidos do Governo que começam a contestar essas políticas”.
 
“Nós queremos agudizar essa fragilidade e queremos que o Governo caia e a situação não ficará pior e se não sabem governar, deixem as pessoas que trabalham todos os dias decidirem e tornar a situação melhor”, concluiu.
 
O protesto "Cerco a S.Bento! Este não é o nosso Orçamento" segue-se a uma vigília do movimento dos indignados, que começa pelas 00:00 de domingo.
 
“Os dois movimentos acabam por estar coordenados. Todos os movimentos e todos os protestos que acabarem por existir são bem-vindos e são muito úteis e é bom que todos tenham voz”, disse Alexandra Martins, do 15 de outubro.
 
Além das consequências na Saúde, com “doentes de cancro a morrer por falta de tratamento”, o Orçamento do Estado que vai ser entregue na segunda-feira vai agravar os escalões do IRS, acrescentou.
 
“As pessoas que trabalham é que estão a ser penalizadas. Há 18 por cento de aumento para os escalões mais baixos e um e pouco por cento de aumento para os escalões mais elevados. Só os milhões que foram gastos no BPN davam para pagar 12 anos de subsídios”, notou.
 
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