quarta-feira, 24 de outubro de 2012

PR de Cabo Verde defende intervenção "firme e determinada" da ONU na Guiné-Bissau

 

RTP - Lusa
 
O presidente de Cabo Verde defendeu hoje, na Cidade da Praia, que sem uma intervenção "firme, determinada e interessada" das Nações Unidas, a Guiné-Bissau corre o risco de não ter solução.
 
Falando à agência Lusa e à RTPÁfrica, à margem de uma reunião dos presidentes dos Tribunais de Contas lusófonos, Jorge Carlos Fonseca considerou "lamentáveis e inaceitáveis" os acontecimentos de domingo de manhã em Bissau, onde um alegado ataque a um quartel provocou seis mortos.
 
"Estamos a acompanhar os acontecimentos e a tentar perceber a sua real dimensão e efetivo significado. É muito lamentável e inaceitável que se continuem a registar atos de violência, que haja continuidade da intervenção de forças militares no processo político", afirmou Jorge Carlos Fonseca.
 
Para o chefe de Estado cabo-verdiano, a "complexidade" das sucessivas crises político-militares na Guiné-Bissau mostra que uma solução definitiva e duradoura terá de passar por uma intervenção mais firme da comunidade internacional, nomeadamente das Nações Unidas.
 
"Sem uma intervenção das Nações Unidas, forte, decidida e interessada, a situação pode deteriorar-se e, depois, poderá não haver um controlo de possíveis soluções para o país", alertou, lembrando que qualquer compromisso deve ter em conta a defesa dos interesses do povo guineense.
 
"Temos a lamentar a violência exercida contra pessoas e bens, numa demonstração evidente de violação de direitos fundamentais das pessoas. Esperamos que haja apuramento de responsabilidades e que haja a concretização da condenação dessas responsabilidades", concluiu.
 
Na madrugada de domingo, um grupo de homens armados tentou tomar pela força o quartel dos para-comandos, uma unidade de elite das forças armadas da Guiné-Bissau, tendo resultado seis mortos dos confrontos, todos do grupo assaltante.
 
A informação foi prestada pelo governo de transição, que diz que o grupo era comandado pelo capitão Pansau N´Tchama e acusa Portugal, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e o primeiro-ministro guineense deposto, Carlos Gomes Júnior, de envolvimento no ataque.
 
Na segunda-feira militares espancaram dois dirigentes partidários, abandonando-os depois em locais ermos nos arredores de Bissau.
 

1 comentário:

Anónimo disse...


CPLP - GOVERNOS ULTRA CONSERVADORES ESQUECEM OS POVOS POR QUE SÓ ESTÃO AO SERVIÇO DO CAPITAL!

1 - É com um vazio no estômago e com repulsa que observamos a insistência dos governos da CPLP em encontrar soluções que não atendem ao principal prejudicado por toda a situação corrente na Guiné Bissau, o povo da Guiné Bissau.

2 - O exemplo de Cuba, que de forma internacionalista e solidária tem pautado a não ingerência por que entende prioritário dar todo o appoio possível ao povo da Guiné Bissau, não só cala fundo, mas é um exemplo que a CPLP deveria antes do mais integrar e incentivar.

3 - África precisa urgentemente de reencontrar-se, reencontrando a identidade que tem perdido para com seus próprios povos!

PAZ SIM, NATO NÃO!

CUBA PARA A CPLP!

Martinho Júnior.

Luanda.

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