MSE – VM - Lusa
Díli, 24 out (Lusa)
- O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, manifestou hoje preocupação em
relação à Guiné-Bissau, país onde, considerou, a situação social e política
continua marcada pela instabilidade.
"O primado da
lei é um valor fundamental. Quero por isso transmitir-vos a minha preocupação
pelo desenvolvimento da situação no país irmão da Guiné-Bissau, onde a situação
política e social continua marcada pela instabilidade", disse o Presidente
timorense.
Taur Matan Ruak
falava na sessão de encerramento do 9.º fórum dos presidentes dos Supremos
Tribunais de Justiça dos países e territórios de língua oficial portuguesa.
No discurso, Taur
Matan Ruak recordou que as autoridades legalmente constituídas na Guiné-Bissau
estão impedidas de exercer a sua função.
"Não é
possível assegurar a estabilidade e segurança onde não vigora o primado da
lei", acrescentou o Presidente timorense.
Na madrugada de
domingo, um grupo de homens armados tentou tomar pela força o quartel dos
para-comandos, uma unidade de elite das forças armadas da Guiné-Bissau, tendo
resultado seis mortos dos confrontos, todos do grupo assaltante.
A informação foi
prestada pelo Governo de transição, que disse que o grupo era comandado pelo
capitão Pansau N´Tchama e acusou Portugal, a Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa e o primeiro-ministro guineense deposto, Carlos Gomes Júnior, de
envolvimento no ataque.
Um dia após estes
acontecimentos, a sede do principal partido da Guiné-Bissau, o Partido Africano
da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), de Carlos Gomes Júnior, foi
invadida por um grupo de militares que levaram à força e espancaram dois
dirigentes políticos.
A Guiné-Bissau é
gerida por um Governo de transição na sequência do golpe de Estado de 12 de
abril, que tirou do poder Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro eleito nas
eleições legislativas de 2008.
Estão previstas
eleições gerais em abril do próximo ano.
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