domingo, 7 de outubro de 2012

VENEZUELANOS ACORREM EM MASSA AOS COLÉGIOS ELEITORAIS

 

Prensa Latina
 
Caracas, 7 out (Prensa Latina) Desde cedo são vistas longas filas de venezuelanos em frente aos colégios eleitorais, que abriram para quase 19 milhões de eleitores que elegerão o presidente para o sexênio 2013-2019.

O dia de hoje é visto como a culminação de um processo eleitoral histórico, acompanhado com atenção em todos os continentes, no qual o povo escolherá entre dois projetos políticos antagônicos.

Nesta eleição está o futuro da Venezuela para os próximos 100 anos, disse em numerosas ocasiões o presidente Hugo Chávez durante os três meses da campanha.

O presidente aspira à reeleição para um novo período de governo, para - como ele mesmo tem explicado - consolidar a independência e continuar a construção de um modelo socialista adaptado às condições específicas da Venezuela.

Além disso, as eleições ficam ainda com uma maior importância por ser a Venezuela o país com as maiores reservas mundiais e um dos principais exportadores de petróleo do planeta.

Durante uma conferência de imprensa realizada ontem à noite no Palácio de Miraflores, Chávez disse que quando acabar o petróleo no mundo, algo que sucederá provavelmente no presente século, ainda ficarão cinco ou seis países com reservas do hidrocarboneto, e um deles será a Venezuela.

Todos os presidentes venezuelanos que trataram de controlar de maneira soberana a indústria petroleira foram derrocados, recordou nessa ocasião.

Daí o interesse que tem despertado a eleição de amanhã, na qual se decidirá, além da pessoa que exercerá a presidência, o rumo que o país seguirá nos próximos anos.

O presidente aspira à reeleição com um programa que implica na continuidade e aprofundamento de toda a administração governamental dos últimos 14 anos, sobretudo na área social e na ampliação do poder popular, para outorgar maior protagonismo aos cidadãos.

Outros cinco candidatos disputam a presidência, mas o principal é Henrique Capriles, representante dos mais poderosos grupos econômicos da Venezuela e de importantes multinacionais, que têm como interesse comum recuperar o controle do país e, sobretudo, da indústria petroleira.

Ao longo dos últimos meses praticamente todas as pesquisas previram o triunfo de Chávez, mas até agora nem Capriles nem seu comando de campanha se comprometeram a aceitar os resultados que o Conselho Nacional Eleitoral anunciar.

Sobre as eleições está o perigo de que setores da ultradireita tratem de criar situações de violência e desestabilização se os resultados não favorecem Capriles. Ao respeito, Chávez disse ontem à noite que espera que não se atrevam, pois "como Estado estamos obrigados a responder com contundência no marco da Constituição e das leis".
 

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