segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU DEBATE DOSSIÊ DE TIMOR-LESTE PELA ÚLTIMA VEZ

 

PDF (MSE) HB - Lusa
 
Nova Iorque, 12 nov (Lusa) - O Conselho de Segurança realiza hoje aquele que deverá ser o seu último debate sobre a missão da ONU em Timor-Leste (UNMIT), cumprindo a aspiração do Governo timorense de retirar o país da agenda do organismo.
 
O debate, que se segue a uma visita de embaixadores dos países-membros do Conselho de Segurança a Timor-Leste, irá contar com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, José Luís Guterres.
 
O Conselho de Segurança irá ainda ouvir um 'briefing' do atual representante especial da ONU para Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen.
 
O mandato da UNMIT expira a 31 de dezembro e não será renovado.
 
Após o último debate da Assembleia-Geral da ONU, o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense expressou à Lusa a intenção de retirar o país o mais rapidamente possível da agenda do Conselho de Segurança, por acreditar que dá uma imagem de instabilidade ao país.
 
Guterres sublinha que a presença das agências da ONU manter-se-á e "será sempre bem-vinda", mas a inscrição do país na agenda do Conselho de Segurança "dá uma imagem de um Timor-Leste sempre em conflito, de que não e estável, o que não é verdade".
 
"A realidade desde há algum tempo é que há estabilidade completa. Fizemos reformas no setor de segurança e defesa, fizemos investimentos no capital humano e muitos investimentos na área social, de maneira que hoje há paz em Timor-Leste", disse à Lusa.
 
A missão do Conselho de Segurança da ONU terminou a 6 de novembro com uma visita de análise à situação em Timor-Leste, com uma avaliação de que o país está em condições de assumir plena soberania.
 
"Timor-Leste está em condições de assumir plena soberania e ser senhor do seu destino e decidir sobre o mesmo", afirmou à agência Lusa o representante permanente adjunto de Portugal junto da ONU, embaixador João Maria Cabral.
 
Nas declarações à Lusa, o embaixador destacou que o fim da UNMIT não significa o fim do envolvimento da ONU com Timor-Leste.
 
"Timor-Leste é um membro das Nações Unidas e vai continuar, quer de uma forma ativa, contribuinte para as decisões das Nações Unidas, quer de uma forma passiva, a receber e a recolher os benefícios dessa pertença à ONU", salientou.
 
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