Coque Mukuta – Angola 24 Horas
A existência da
cultura do medo em Angola leva à não participação dos cidadãos na vida pública,
denuncia Carlos Cambuta porta-voz do da II Conferência Nacional sobre a
Participação dos Cidadãos na Vida Pública.
Segundo Cambuta a
cultura do medo por parte de muitos cidadãos é alimentada pelas perseguições e
raptos, e está na base da não participação de muitos indivíduos na vida pública
das suas comunidades.
"A existência
da cultura do medo por parte de muitos cidadãos devido a insegurança, porque
hoje entende-se que quem tem uma opinião diferente não faz parte do regime”
disse. “Então, isso faz com que muita gente não procure participar na vida
pública”.
Tendo como exemplo
os dois jovens raptados, Isaias Cassule e Alves Kamulingue, aquando da
tentativa da organização de uma manifestação no dia 27 de Maio deste ano,
Cambuta disse haver necessidade de mecanismos de defesa dos próprios activistas.
“Eu penso que há
toda uma necessidade de procurar encontrar mecanismos de defesa dos próprios
activistas sociais, mas é lamentável que nós ainda procuramos falar de
mecanismos de defesa, porque o que os activistas fazem é procurar contribuir
com a sua opinião e pensamento, como especialistas de diversas matérias,”
lamentou
Organizam o certame
a ADRA, Mãos Livres, Fundo de Mulheres Jornalistas para Igualdade de Género,
AJPD e a Plataforma Mulheres em Acção.
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