sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Díli-Bissau: GUINEENSES DIRÃO “BASTA!”, TIMOR-LESTE QUER AJUDAR A GUINÉ-BISSAU

 

Vai chegar um momento em que os guineenses vão dizer basta - Presidente timorense
 
16 de Novembro de 2012, 09:30
 
Díli, 16 nov (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, condenou hoje a "perseguição" e o "uso da violência" para a conquista do poder na Guiné-Bissau, sublinhando que vai chegar um momento em que as pessoas vão dizer "basta".
 
"Primeiro condenamos a perseguição e o uso da violência para a conquista do poder, segundo, acreditamos que isto é passageiro e há de ter um fim porque o mundo não vai continuar a admitir isto e os guineenses também não", afirmou o Presidente timorense.
 
Taur Matan Ruak falava aos jornalistas durante uma conferência de imprensa conjunta com o Presidente interino deposto da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, que iniciou na quinta-feira uma visita de trabalho a Timor-Leste.
 
"Se formos ver o passado Timor foi um bocadinho isso também. Chegou um momento em que as pessoas acabaram por dizer basta. Acho que na Guiné-Bissau vai chegar um momento que as pessoas vão dizer para. Para não continuar", afirmou, acrescentando que o seu país está a fazer um esforço para que isso aconteça.
 
Nas declarações aos jornalistas, o chefe de Estado timorense recordou também que a Guiné-Bissau foi durante muitos anos uma inspiração para Timor-Leste quando ainda lutava contra a ocupação indonésia.
 
"Com a honrosa presença do senhor Presidente aproveitei para agradecer tudo o que a Guiné apoiou a causa de Timor, a luta, mas também manifestar a nossa solidariedade e assegurar a disponibilidade de Timor-Leste para continuar a apoiar a Guiné-Bissau na busca de uma solução aceitável internacionalmente", acrescentou.
 
A 12 de abril, na véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da Guiné-Bissau, na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá, os militares derrubaram o Governo e o Presidente.
 
A Guiné-Bissau está desde então a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que pretende realizar eleições no país em abril do próximo ano.
 
A maior parte da comunidade internacional, incluindo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), não reconhece as novas autoridades de Bissau.
 
MSE // VM.
 
Timor-Leste disponível para ajudar Guiné-Bissau na procura de soluções para a crise - PR interino deposto
 
16 de Novembro de 2012, 09:55
 
Díli, 16 nov (Lusa) - O Presidente interino deposto da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, disse hoje que Timor-Leste manifestou "total disponibilidade" para ajudar os guineenses na procura de soluções para a crise que o país africano vive desde abril.
 
"Encontrei da parte do Presidente total disponibilidade em ajudar na gestão e na procura de soluções para a crise que se instalou no nosso país", afirmou Raimundo Pereira.
 
O Presidente interino deposto da Guiné-Bissau falava numa conferência de imprensa conjunta realizada na presidência timorense, no âmbito de uma visita de trabalho a Timor-Leste iniciada na quinta-feira.
 
Segundo Raimundo Pereira, o apoio de Timor-Leste vai "continuar a ser feito no quadro da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa)"
 
"Pensamos que Timor, que também teve os seus problemas e conseguiu gerir a transição, também poderá de facto ajudar a Guiné-Bissau a ultrapassar o seu problema", salientou.
 
Para Raimundo Pereira, terão de ser os guineenses a dar o primeiro passo para ultrapassar a crise que o país vive, mas é preciso o apoio da comunidade internacional.
 
"É preciso encontrar uma unidade entre a CEDEAO (Comunidade Económica dos Países da África Ocidental), a CPLP e a União Africana e de todos os países e instituições com interesse na Guiné-Bissau para harmonizar posições e se encontrar uma solução globalmente aceite para o problema", afirmou.
 
A 12 de abril, na véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da Guiné-Bissau, na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá, os militares derrubaram o Governo e o Presidente.
 
A Guiné-Bissau está a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela CEDEAO, que pretende realizar eleições no país em abril do próximo ano.
 
A maior parte da comunidade internacional, incluindo a CPLP, não reconhece as novas autoridades de Bissau.
 
Durante a sua estada em Timor-Leste, que termina no sábado, Raimundo Pereira, que viajou acompanhado do ministro dos Negócios Estrangeiros deposto, Mamadu Djaló Pires, reuniu-se já com as autoridades timorenses.
 
MSE // VM.
 

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Presidente Taur Matan Ruak,

Está na sua mão reduzir a corrupção, os Timorenses já disseram basta, não querem mais corrupção.

Comece pelo seu Palácio e limpe as pessoas que continuam a fazer manobras mesmo nas suas barbas.

Não é desculpa ter salário baixos para roubar o estado.

Beijinhos da Querida Lucrécia

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