RCR – GC - Lusa
Phnom Penh,
Camboja, 18 nov (Lusa) - Os dez líderes da Associação das Nações do Sudeste
Asiático (ASEAN) adotaram hoje uma declaração de direitos humanos, apesar das
críticas de alguns países e da Organização das Nações Unidas que apontam
lacunas ao texto.
Os líderes da
ASEAN, um grupo de países que inclui democracias liberais e estados
autoritários, assinaram o documento hoje na capital cambojana, onde se reuniram
para a sua cimeira anual.
A declaração, não
vinculativa, apela ao fim da tortura, das prisões arbitrárias e de outras
violações dos direitos humanos, que preocupam os ativistas do Sudeste asiático
que descrevem estes países como “um clube de ditadores”.
Os diplomatas da
ASEAN consideram que a declaração é um marco para a região, apesar das suas imperfeições
e consideram que vai ajudar a fazer reformas democráticas em países com
Myanmar.
A Alta Comissária
das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navanethem Pillay, considerou esta
semana na Indonésia, que o conteúdo do texto era insuficiente e instou os
países a melhorar a declaração.
Também antes da
cimeira, organizações não governamentais, entre as quais a Federação
Internacional de Direitos Humanos, Human Rights Watch e Amnistia Internacional,
pediram à ASEAN que adiasse a aprovação da declaração, argumentando que esta
não cumpre os requisitos internacionais.
Este bloco
regional, criado em 1967, integra países como os comunistas Vietname e Laos, o
sultanato do Brunei e a democracias autoritárias como o Camboja e Singapura.
Também pertencem à
ASEAN, Myanmar (Birmânia), ex-regime militar em processo de reformas,
Indonésia, Filipinas, Malásia e Tailândia.
Sem comentários:
Enviar um comentário