i online – Lusa
O secretário-geral
da UGT disse hoje não ser contraditória a sua participação pessoal na greve
geral, apesar da central sindical não paralisar, explicando ser o reflexo da
solidariedade com o seu sindicato e não uma posição individual.
“Não há diferença
nenhuma. A central sindical deixou aos seus sindicatos a possibilidade de aderir
livremente à greve. Alguns sindicatos declararam greves convergentes, foi o
caso do meu sindicato. Sempre que o meu sindicato declara greve, também faço
greve”, disse à Lusa o secretário-geral da UGT, João Proença, filiado na FESAP,
a Federação dos Sindicatos da Administração Pública.
O sindicalista
falava à Lusa depois de, em entrevista ao jornal Sol, ter admitido que faria
greve no dia 14 de novembro, o dia da greve geral convocada pela CGTP e à qual
a UGT não aderiu.
João Proença
recusou, no entanto, que a sua adesão à greve seja resultado de um
reconhecimento individual de que existam razões para fazer greve no dia 14.
“Não estou a dizer
isso. Estou a dizer que farei greve, porque o meu sindicato aderiu à greve”,
frisou.
João Proença
ressalvou também que “é evidente” que está a “100% com a posição da central
sindical”.
“Mal de mim se não
estivesse, fui eu que a propus”, disse, recusando qualquer contradição e
desvalorizando eventuais críticas nesse sentido.
“Serei sempre
criticado, e, portanto, não me preocupa essa questão. Serei sempre criticado, e
por vários motivos. Digamos que quem toma decisões é sempre criticado. É a
diferença entre quem toma posições e quem está quieto”, declarou.
Ao jornal Sol, João
Proença justificou a posição da UGT relativamente à greve geral com a ausência
de uma discussão com a CGTP para a definição de objetivos comuns, referindo uma
tentativa de imposição de um calendário e falta de respeito pela UGT.
A FESAP integra o
Sindicato dos trabalhadores da Administração Pública, o Sindicato Democrático
dos Professores, o Sindicato da Agricultura, o dos técnicos de Diagnóstico e o
dos oficiais de justiça entre outros.
Nos últimos dias
várias estruturas sindicais da UGT marcaram greve para 14 de novembro entre os
quais o Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Media
(SINDETELCO), o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), e a Federação
dos sindicatos da Indústria e Serviços.
A greve geral de 14
de novembro foi convocada pela CGTP em protesto contra o agravamento das
políticas de austeridade.
A UGT demarcou-se
da paralisação por considerar que foi motivada por questões
político-partidárias.
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