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Estudo, apresentado
nesta quinta-feira, revela que houve aumento no número de assassinatos de
rapazes com menos de 19 anos; pesquisa é assinada por governo, ONGs e Unicef;
homicídio…
Brasil:
adolescentes negros são as maiores vítimas de homícidios
Estudo, apresentado
nesta quinta-feira, revela que houve aumento no número de assassinatos de
rapazes com menos de 19 anos; pesquisa é assinada por governo, ONGs e Unicef;
homicídio representa 45,2% da causa de morte nesta faixa etária.
Mônica Villela
Grayley, da Rádio ONU em
Nova York
O número de jovens
assassinados no Brasil aumentou desde 2009/2010. O dado consta de um estudo,
divulgado nesta quinta-feira, sobre o Índice de Homicídios na Adolescência,
IHA.
De acordo com a
pesquisa, há três anos, para cada mil pessoas de 12 anos, 2,61 seriam
assassinadas antes de completar 19 anos; mas em 2010, este número pulou para
2,98.
Jovens Negros
A pesquisa foi
assinada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, SDH,
pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, pelo Observatório de
Favelas e pelo Laboratório de Análise da Violência, da Universidade do Estado
do Rio de Janeiro.
Um outro dado é
sobre o perfil dos adolescentes assassinados no Brasil: a maioria é de jovens
negros. E o risco do crime ser cometido com arma de fogo é mais que cinco vezes
maior do que qualquer outro meio.
O estudo alerta que
se nada for feito, até 2016, mais de 36 mil adolescentes perderão suas vidas em homicídios. Uma
população equivalente à cidade de Jundiaí em São Paulo.
Bahia, Alagoas e
Espírito Santo
De acordo com o
Unicef, os homicídios representam 45,2% da causa de morte de adolescentes no
Brasil. O número equivale a quase nove vezes mais que o da população total, que
é de 5,1%.
Segundo analistas,
as mortes têm um efeito negativo também para o futuro do país, uma vez que os
adolescentes representam cerca de 13% da população brasileira.
A pesquisa foi
realizada com base na situação de 238 cidades com mais de 100 mil habitantes.
Já entre os municípios com mais de 200 mil habitantes, o mais perigoso para
adolescentes é o de Itabuna, na Bahia, seguido de Maceió, em Alagoas e Serra,
no Espírito Santo.
*Foto UNICEF Brasil
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