Julio Cesar Cardoso – Debates Culturais
Os ministros
da Justiça, José Eduardo Cardoso (PT), e dos Direitos Humanos, Maria do Rosário
(PT), parecem que não pertencem a este governo. Ou são demagogos. Por que o
governo petista, do qual eles são expoentes, há tanto tempo no comando da
nação, tendo ampla liderança política no Congresso, até agora não arrostou o
problema da segurança nacional aos brasileiros, que não é somente de
responsabilidade estadual e municipal, mas também do governo federal? Está na
Constituição Federal, Art. 144, que a segurança pública é dever do Estado. Se é
dever da União, não justifica a falta de investimento para que as cadeias
públicas brasileiras não tenham padrão humano de receber com dignidade qualquer
apenado.
Assim, soam
estranhas as tergiversações explícitas dos ministros da Justiça e dos Direitos
Humanos ao reprochar as péssimas condições de nossos presídios, chegando a
afirmar Eduardo Cardoso que prefere morrer a cumprir pena em prisões brasileiras,
bem como Maria do Rosário ao fazer conexão entre os maus tratos dentro dos
presídios e as violências nas ruas. Esses ministros deviam morrer de vergonha
de participar de um governo que abandonou a segurança pública dos brasileiros
para só cuidar de atos e fatos políticos de seu interesse. E não deixam de ser
sintomáticas as manifestações dos ministros sobre as condições de nossos
presídios, mormente agora com a condenação em regime fechado de expoentes do
PT.
Eduardo Cardozo e
Maria do Rosário são do time benevolente dos direitistas humanos que tanto tem
protegido bandidos de todos os calibres. Falam que são contra a pena de morte,
prisão perpétua, castração química de estupradores e pedófilos. Mas será que
teriam o mesmo discurso, caso os seus familiares mais próximos: pais, mães,
filhos, filhas etc. fossem vítimas da violência descomunal desses criminosos?
Esses mesmos representantes petistas falam também de medievalidade de nossas
casas prisionais. E o que fizeram até agora para contornar essa situação? O
outro petista do STF, ministro Dias Toffoli, bradou também contra o estado
medieval da prisão brasileira, talvez preocupado com a condenação em regime
fechado de seu amigo José Dirceu.
Ora, um país que
chegou ao ponto crítico do descontrole e não consegue combater de forma
eficiente essa onda de barbaridades a que assistimos, tem que passar por um bom
período de endurecimento de exceção e adotar medidas extremas contra esses
delinquentes, que desafiam a sociedade e as nossas autoridades. Com esse discurso
vazio e “humanista” dos ministros da Justiça e dos Direitos Humanos, o Brasil
está caminhando para uma convulsão social incendiada pela coordenação da
bandidagem que agora dá ordens de dentro de nossos presídios, porque conta com
a simpatia dos hipócritas defensores dos direitos humanos.
Por que temos de
continuar a aceitar a opinião de meia dúzia de políticos e juristas, hipócritas
e demagogos, que se posicionam contrário à implantação de medidas punitivas
definitivas, quando a sociedade continua sendo violentada cruelmente pela
bandidagem instalada no país? Um criminoso sádico, frio e cruel se arroga no
direito de exterminar vidas, mas a sociedade não tem o direito de se defender e
exigir que o Estado crie as condições constitucionais para a segregação
definitiva desse facínora, aplicando-lhe a pena de morte ou prisão perpétua?
Estamos numa
democracia de fachada, em que a sociedade é impedida de exigir a forma como
deseja ser disciplinada. A norma continua vindo de cima para baixo e não ao
encontro do que pensa a nossa população. Por que não é realizada consulta
popular acerca da implantação da pena capital ou prisão perpétua no Brasil, por
quê? Qual a razão plausível? Então, continuaremos sendo comandado pela cabeça
de meia dúzia de políticos e juristas, que se declaram contrários ao
endurecimento da penalidade no Brasil? Que país é este? Mas a coisa está muito
confusa em nossa
República : até um partido político faz desagravo a favor de
políticos corruptos condenados pelo STF. Aonde vamos chegar?
*Júlio César
Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado e mora em Balneário Camboriú
– SC – juliocmcardoso@hotmail.com
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