terça-feira, 18 de dezembro de 2012

CABO VERDE QUER SER PAÍS DESENVOLVIDO EM 2030 – primeiro-ministro

 

JSD – EJ - Lusa
 
Cidade da Praia, 18 dez (Lusa) - Cabo Verde quer um ser país desenvolvido em 2030, disse hoje o primeiro-ministro cabo-verdiano, salientando que o arquipélago está em condições de atingir todas as metas defendidas pela ONU nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).
 
Em declarações aos jornalistas, no final da sessão da abertura da apresentação do relatório, em português, sobre População Mundial 2012, lançado em todo o mundo a 14 de novembro pelo Fundo da ONU para a População (FNUAP), José Maria Neves destacou o pilar da pobreza como o "menos avançado".
 
"Estamos a pensar alcançar todas as metas e algumas delas já foram atingidas muito antes de 2015. Estamos a trabalhar muito afincadamente para isso, mas estamos também a fixar novas metas, pois queremos ir mais além: em 2020 ter 100 por cento de penetração de energias renováveis e, em 2030, sermos um país desenvolvido", realçou.
 
Para José Maria Neves, o combate à pobreza é o mais atrasado, mas, tendo por base o ano de 1990, quando metade do país era pobre, Cabo Verde está praticamente a atingir a meta definida em 2000 pelas Nações Unidas.
 
"Não temos os últimos dados, mas temos de reduzi-la para metade. Em 1990 teríamos quase metade da população pobre. A meta é reduzi-la para metade. Neste momento, poderemos estar nos 24/25 por cento, mas os novos dados vão dizer-nos onde estamos", disse, manifestando-se convicto de que a meta será atingida.
 
Cabo Verde passou, em 2008, de país menos avançado (PMA) para de rendimento médio (PRM), tendo então sido concedido um prazo de cinco anos - que termina no final de 2013 -, para a respetiva transição.
 
José Maria Neves tem avisado que Cabo Verde, apesar de ter subido de estatuto, ainda é um país de rendimento médio "baixo", pelo que há muito a fazer para atingir a estabilidade financeira, mesmo com a adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC).
 
A coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Petra Lantz, considerou que o arquipélago é um "case study", lembrando "a máxima" que começou a ser usada nos meios diplomáticos internacionais sobre o país: "no resources, no problems" ("sem recursos, sem problemas").
 
As oito metas contidas nos ODM são a erradicação da pobreza extrema e da fome, educação primária universal, promoção da igualdade do género e formação das mulheres, redução da mortalidade infantil, melhorar a saúde materna e materno-infantil, combate ao VIH-SIDA, malária e outras doenças e assegurar a sustentabilidade ambiental.
 

1 comentário:

Júlio [Ebrael] disse...

De todas as metas fixadas no fim do artigo, a única que considero perigosa é a tal "campanha pela igualdade de gênero". Tendes de tomar cuidados para que não aconteça em Cabo Verde o que ocorre hoje no Brasil: uma ditadura gay que quer destruir a família como instituição fundamental de manutenção da sociedade. Muito cuidado com essa "exigência" da ONU. O que a ONU quer é acabar com a família, inibir a reprodução humana normal e acabar com as referências educacionais tradicionais. Além, claro, acabar com a Fé de nossos Pais.

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