domingo, 16 de dezembro de 2012

Missão conjunta CPLP, CEDEAO e UA vai inteirar-se da situação da Guiné Bissau

 

A Semana (cv)
 
Uma missão de representantes de várias organizações internacionais vai estar na Guiné-Bissau a partir deste domingo, 16, até ao próximo dia 21 para se inteirar da situação do país, disse Ovídeo Pequeno, representante da União Africana (UA) na Guiné-Bissau.
 
O representante permanente da UA na capital guineense falava aos jornalistas à saída de uma audiência com o procurador-geral da Guiné-Bissau, Abdu Mané, a quem foi informar da chegada e dos objectivos da missão. De acordo com o diplomata, a missão, liderada pela União Africana, será integrada por representantes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Africana, União Europeia e Nações Unidas.
 
Ovídeo Pequeno explica que a decisão de deslocar uma missão à Guiné-Bissau foi tomada em Adis-Abeba, sede da UA. "A missão vem ver com as autoridades de transição, a sociedade civil e os movimentos sociais do país as possibilidades de se ter uma dinâmica local sobre aquilo que se está a passar e apresentar recomendações que possam servir de base a um trabalho harmonizado da comunidade internacional", defendeu.
 
Questionado se abordou com o Procurador-Geral sobre as alegadas denúncias de abusos dos direitos humanos, que têm sido referidas pela comunidade internacional, o diplomata negou. "A minha visita era para conhecer o PGR e também falar-lhe da missão", vincou Ovídeo Pequeno, rejeitando qualquer comentário à situação actual do país. "Não me compete fazer uma análise da situação da Guiné-Bissau. Estamos a preparar a vinda da missão, depois quando ela chegar vai fazer a análise política daquilo que se está a passar", sublinhou o representante da UA em Bissau.
 
A Guiné-Bissau é governada há oito meses por um governo e um Presidente de transição, designados na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril. Com excepção da CEDEAO, a comunidade internacional recusou reconhecer as novas autoridades.
 

Sem comentários:

Mais lidas da semana