quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Portugal: CONVERSA FIADA, UGT VENDE-SE POR 15 EUROS, JERÓNIMO-CAVACO

 


Manifestação da CGTP recebe ministro em Matosinhos e contesta “conversa fiada
 
Uma manifestação da CGTP recebeu hoje à entrada da Exponor, em Matosinhos, o ministro da Economia, antes da apresentação da iniciativa “Portugal Sou Eu”, que classificaram como “conversa fiada”.
 
O coordenador da União de Sindicatos do Porto (USP) da CGTP, João Torres, afirmou à Lusa que era uma “ação simbólica relativamente ao ministro e ao Governo”, acrescentando que o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, “é um caso de estudo, desde que descobriu que os problemas do país se resolviam com o pastel de nata”.
 
Em relação ao programa “Portugal Sou Eu”, hoje lançado com o objetivo de promover a produção nacional junto das empresas e dos consumidores, João Torres disse que não passava de “’show-off’", uma outra iniciativa do tipo dos pastéis de Belém, conversa fiada”.
 
Já na sequência da apresentação do programa, questionado pelos jornalistas sobre o protesto sindical, Álvaro Santos Pereira respondeu que “esta é uma iniciativa para todos. Não é uma iniciativa do Governo, da Associação Empresarial de Portugal (AEP), da Associação Industrial Portuguesa (AIP), do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) ou da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP)”.
 
“Os problemas do país não se resolvem com iniciativas deste género”, afirmou João Torres, lembrando, ainda, a intenção do Governo de reduzir as indemnizações em caso de despedimento de 20 para 12 dias por ano de trabalho, que considera ser um “roubo”.
 
TDI // MSF - Lusa
 
UGT reivindica aumento do salário mínimo para 500 euros a partir de janeiro
 
O secretário-geral da UGT, João Proença, anunciou hoje que vai propôr ao Governo o aumento do salário mínimo nacional para 500 euros a partir de 01 de janeiro de 2013.
 
A proposta da UGT vai ser apresentada ao Governo e aos parceiros sociais na reunião de concertação social, na sexta-feira.
 
O Governo de José Sócrates assinou em 2006 um acordo com os parceiros sociais que previa o aumento gradual do salário mínimo de modo a que este fosse fixado nos 500 euros a 01 de janeiro de 2011.
 
Atualmente, o salário mínimo nacional é de 485 euros.
 
SMS // MBA - Lusa
 
Jerónimo de Sousa reitera oposição ao Orçamento e ao Governo em audiência com Cavaco Silva
 
O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, transmitiu hoje ao Presidente da República a "profunda preocupação" do PCP face à situação do país e reiterou a oposição ao Orçamento do Estado para 2013.
 
"Quisemos transmitir ao Presidente da República a nossa profunda preocupação em relação ao agravamento da situação do país, no plano económico e social", afirmou Jerónimo de Sousa, em declarações aos jornalistas, no final de uma audiência de cerca de uma hora com Cavaco Silva, no Palácio de Belém.
 
Acompanhado dos membros do secretariado do Comité Central do PCP Francisco Lopes, Manuela Pinto Ângelo e Jorge Cordeiro, Jerónimo de Sousa recusou adiantar, por "uma questão ética", quais foram as respostas do Presidente da República face às questões colocadas na audiência.
 
"Não me quero precipitar em juízos de valor, em interpretações que poderiam ser abusivas", justificou.
 
Na reunião, que durou mais de uma hora, Jerónimo de Sousa transmitiu também a "necessidade de uma política alternativa" que comece pela renegociação da dívida, pela valorização do aparelho produtivo, dos salários e das pensões.
 
Por fim, Jerónimo de Sousa disse que manifestou a Cavaco Silva a opinião do PCP de que o Orçamento do Estado para 2013 "não deveria ser aprovado" porque "pela sua natureza e conteúdo, colide com os fundamentos da Constituição da República Portuguesa".
 
Tal como defendeu no Congresso do PCP, a 30 de novembro, Jerónimo de Sousa defendeu junto do Presidente da República que o Governo PSD/CDS-PP "não está em condições de continuar a governar o país, que é um Governo do passado" e "merece ser demitido".
 
"E, naturalmente, caso isso aconteça, deve-se dar a palavra ao povo através de eleições antecipadas", acrescentou.
 
SF // SMA - Lusa
 

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