Manifestação da
CGTP recebe ministro em Matosinhos e contesta “conversa fiada”
Uma manifestação da
CGTP recebeu hoje à entrada da Exponor, em Matosinhos, o ministro da Economia,
antes da apresentação da iniciativa “Portugal Sou Eu”, que classificaram como
“conversa fiada”.
O coordenador da
União de Sindicatos do Porto (USP) da CGTP, João Torres, afirmou à Lusa que era
uma “ação simbólica relativamente ao ministro e ao Governo”, acrescentando que
o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, “é um caso de estudo, desde que
descobriu que os problemas do país se resolviam com o pastel de nata”.
Em relação ao
programa “Portugal Sou Eu”, hoje lançado com o objetivo de promover a produção
nacional junto das empresas e dos consumidores, João Torres disse que não
passava de “’show-off’", uma outra iniciativa do tipo dos pastéis de
Belém, conversa fiada”.
Já na sequência da
apresentação do programa, questionado pelos jornalistas sobre o protesto
sindical, Álvaro Santos Pereira respondeu que “esta é uma iniciativa para
todos. Não é uma iniciativa do Governo, da Associação Empresarial de Portugal
(AEP), da Associação Industrial Portuguesa (AIP), do Instituto de Apoio às
Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) ou da Confederação dos
Agricultores Portugueses (CAP)”.
“Os problemas do
país não se resolvem com iniciativas deste género”, afirmou João Torres,
lembrando, ainda, a intenção do Governo de reduzir as indemnizações em caso de
despedimento de 20 para 12 dias por ano de trabalho, que considera ser um
“roubo”.
TDI // MSF - Lusa
UGT reivindica
aumento do salário mínimo para 500 euros a partir de janeiro
O secretário-geral
da UGT, João Proença, anunciou hoje que vai propôr ao Governo o aumento do
salário mínimo nacional para 500 euros a partir de 01 de janeiro de 2013.
A proposta da UGT
vai ser apresentada ao Governo e aos parceiros sociais na reunião de
concertação social, na sexta-feira.
O Governo de José
Sócrates assinou em 2006 um acordo com os parceiros sociais que previa o
aumento gradual do salário mínimo de modo a que este fosse fixado nos 500 euros
a 01 de janeiro de 2011.
Atualmente, o
salário mínimo nacional é de 485 euros.
SMS // MBA - Lusa
Jerónimo de Sousa
reitera oposição ao Orçamento e ao Governo em audiência com Cavaco Silva
O secretário-geral
comunista, Jerónimo de Sousa, transmitiu hoje ao Presidente da República a
"profunda preocupação" do PCP face à situação do país e reiterou a
oposição ao Orçamento do Estado para 2013.
"Quisemos
transmitir ao Presidente da República a nossa profunda preocupação em relação
ao agravamento da situação do país, no plano económico e social", afirmou
Jerónimo de Sousa, em declarações aos jornalistas, no final de uma audiência de
cerca de uma hora com Cavaco Silva, no Palácio de Belém.
Acompanhado dos
membros do secretariado do Comité Central do PCP Francisco Lopes, Manuela Pinto
Ângelo e Jorge Cordeiro, Jerónimo de Sousa recusou adiantar, por "uma
questão ética", quais foram as respostas do Presidente da República face
às questões colocadas na audiência.
"Não me quero
precipitar em juízos de valor, em interpretações que poderiam ser
abusivas", justificou.
Na reunião, que
durou mais de uma hora, Jerónimo de Sousa transmitiu também a "necessidade
de uma política alternativa" que comece pela renegociação da dívida, pela
valorização do aparelho produtivo, dos salários e das pensões.
Por fim, Jerónimo
de Sousa disse que manifestou a Cavaco Silva a opinião do PCP de que o
Orçamento do Estado para 2013 "não deveria ser aprovado" porque
"pela sua natureza e conteúdo, colide com os fundamentos da Constituição
da República Portuguesa".
Tal como defendeu
no Congresso do PCP, a 30 de novembro, Jerónimo de Sousa defendeu junto do
Presidente da República que o Governo PSD/CDS-PP "não está em condições de
continuar a governar o país, que é um Governo do passado" e "merece
ser demitido".
"E,
naturalmente, caso isso aconteça, deve-se dar a palavra ao povo através de
eleições antecipadas", acrescentou.
SF // SMA - Lusa
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