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Vice-presidente
declarou considerar formação governo de unidade nacional como única saída para
crise que já dura 21 meses. Teerã, principal aliado de Assad na região, pede
reforma constitucional e eleições na Síria.
Cresce o isolamento
do chefe de Estado sírio, Bashar al-Assad. O vice-presidente da Síria, Faruk
al-Chara, abandonou em público a postura ostensivamente vitoriosa do regime, ao
declarar que nem as tropas do governo nem os insurgentes "conseguirão
resolver a batalha por meios militares".
A declaração foi
divulgada nesta segunda-feira (17/12), numa entrevista ao jornal Al-Akhbar,
publicado no Líbano. Segundo Al-Chara, a situação está cada vez pior. A
oposição não pode afirmar ser a representante legítima do povo sírio, mas
tampouco o partido governista Baath poderá impor uma mudança sem novos
parceiros.
Deste modo, ele
acredita que somente um "arranjo histórico" irá resolver o conflito:
a formação de um governo na unidade nacional, naturalmente incluindo a
oposição. Muçulmano sunita, o vice-presidente é o membro de mais alto escalão
do governo sírio a se pronunciar publicamente nesse sentido.
Recuo do Irã
Anteriormente, o
governo do Irã, principal aliado do presidente Bashar al-Assad na região,
declarara-se a favor de uma reforma constitucional e eleições na Síria. Segundo
a Press TV iraniana, o Ministério do Exterior em Teerã conclamou os insurgentes
e Damasco a formarem um "Comitê Nacional de Reconciliação", com o fim
de preparar a formação de um governo interino.
Este teria entre
suas funções organizar tanto eleições parlamentares quanto uma assembleia
constituinte. Teerã também instou os partidos em conflito a cessar os combates.
Independente de
eventuais desdobramentos políticos ou diplomáticos, prosseguem na Síria os
conflitos que já duram 21 meses. Pela primeira vez, as forças aéreas nacionais
dispararam contra um campo de refugiados palestinos, no sul da capital, matando
pelo menos oito pessoas.
Segundo o
Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres, as forças aéreas
atacaram outros bairros e subúrbios de Damasco. O presidente da Autoridade
Nacional Palestina, Mahmud Abbas, apelou à comunidade internacional para que
proteja seus compatriotas na Síria.
AV/dpa,dapd,afp,rtr - Revisão: Marcio Damasceno
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