Deutsche Welle
Mesmo com a crise
mundial, taxa de desemprego em 2012 ficou em 6,8%. Governo prevê, contudo, que
2013 será difícil. Apesar da situação na zona do euro, economia robusta ajudou
mercado de trabalho a se manter estável.
O mercado de
trabalho da Alemanha viveu em 2012 seu melhor ano desde 1991, quando o país foi
reunificado. A taxa de desemprego, divulgada pela Agência Federal Alemã do
Trabalho (BA, em alemão) diminuiu 0,3% pontos perceuntuais em relação ao ano
anterior e ficou em 6,8% – correspondendo a 2,9 milhões de desempregados, quase
80 mil a menos que em 2011.
O balanço positivo
da taxa de desemprego tem relação com o bom início de ano registrado em 2012. Já
durante o decorrer do período, o cenário se inverteu: a taxa de desemprego
aumentou fortemente a partir de outubro, se comparada com os mesmos meses de
2011.
Mesmo com a boa
notícia em relação a 2012 – ano marcado pela acentuação da crise financeira na
zona do euro –, a agência ligou um "sinal de alarme" para o ano de
2013 e já antecipa que será um ano difícil, segundo palavras do seu presidente,
Franz-Jürgen Weise. Mesmo assim, ele não espera uma ruptura no mercado de
trabalho.
A taxa de
desemprego começou a subir no final de 2012. Em dezembro, havia 2,84 milhões de
desempregados registrados – 88 mil a mais do que em novembro e 60 mil a mais do
que no mesmo mês do ano anterior. O mercado de trabalho reagiu "de forma
robusta" no final do ano em relação à crise, disse Weise.
Para quase todos os
especialistas, o mercado de trabalho alemão está notavelmente fortalecido em
comparação com os países do resto da Europa – o que, para Holger Schäfer,
especialista em mercado de trabalho do Instituto da Economia Alemã (IW, em
alemão), tem diversos motivos. "Um deles é o fato de que, com a exceção de
2009 – quando tivemos a crise –, tivemos um forte desenvolvimento da conjuntura
econômica. Isso nos ajudou muito", frisou Schäfer em entrevista à DW.
Outro ponto,
segundo o especialista, foi a demografia. A oferta de mão de obra caiu. Os mais
velhos que deixam o mercado de trabalho são mais numerosos do que os que entram
no mercado. "E finalmente colhemos também uma parte das reformas
implementadas pelo governo Gerhard Schröder [chanceler federal alemão de 1998 a
2005], que tornou nosso mercado de trabalho muito mais eficiente e
flexível."
A taxa de
desemprego na parte ocidental da Alemanha atingiu 5,9%, e na parte oriental,
10,7%. O estado alemão que registrou a menor taxa média foi a Baviera, com
3,7%. A pior situação foi registrada na capital, Berlim, com taxa média de
desemprego de 12,3%.
Sinal de alarme
para 2013
O presidente da BA
explicou, porém, que houve sinais claros de "uma aceleração mais lenta da
conjuntura econômica". Mesmo com o risco em baixa de se tornar
desempregado, haveria o risco de não conseguir encontrar um emprego. "Isso
significa que as empresas estão cautelosas no que se refere ao recrutamento [de
novos funcionários] em uma situação econômica incerta", explicou.
Para este ano,
Weise calcula um leve aumento da taxa de desemprego "para um pouco mais de
2,9 milhões de pessoas", sendo que o número de ocupados deve permanecer
estável. O sinal de alarme para 2013, porém, não deve ser ignorado.
FC/dw/dpa/dpad/rtr
- Revisão: Francis França
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