Benfica assinou
acordo para criação de escola de futebol em Luanda
28 de Janeiro de
2013, 14:16
Luanda, 28 jan
(Lusa) - O Sport Lisboa e Benfica e a Escola Portuguesa de Luanda (EPL)
assinaram hoje na capital angolana um acordo para a criação de uma escola de
futebol, numa cerimónia apadrinhada pelo antigo jogador angolano Pedro
Mantorras.
O acordo foi
assinado por Armando Jorge Carneiro, diretor-geral do Benfica e responsável do
Centro de Formação e Treino dos encarnados, no Seixal, e por Dino Paulo,
ex-aluno da EPL e diretor da Escola Geração Benfica da Maianga, Luanda.
Numa primeira fase,
a Escola da Maianga vai funcionar na EPL, e posteriormente, quando tiver outras
instalações, receberá também alunos de outras escolas e instituições.
Em declarações à
agência Lusa, Armando Jorge Carneiro salientou que este projeto, iniciado há um
ano e que conta já com uma escola de futebol para jovens no Mindelo, Cabo
Verde, funciona em sistema de "franchising".
"Temos
parceiros. Isto é um sistema de 'franchising', no fundo. Vamos disponibilizar
todos os nossos meios. Virão para Angola treinadores-formadores, para darem
formação aqui também a treinadores angolanos", disse.
"Queremos
basicamente apoiar na formação de atletas e crianças, disponíveis para prática
do futebol e prática do desporto", acrescentou.
A Escola da Maianga
será a segunda em Luanda, na sequência da assinatura na passada quinta-feira de
idêntico acordo para a abertura da Escola Geração Benfica do Cajueiro, em
Luanda Sul.
"E
perspetivam-se mais escolas por Angola. Não só em Luanda, mas pelas províncias.
Este é o nosso desejo, trazer os nossos valores, os nossos princípios, a nossa
metodologia de treino e lançar aqui um lastro de benfiquismo. O Benfica tem de
ser cada vez maior e tem de se renovar", acentuou o dirigente benfiquista.
Quanto à descoberta
de talentos, Armando Jorge Carneiro frisou que o objetivo principal é a
formação.
"O que
queremos é que os miúdos nestas idades se divirtam e tenham prazer a jogar
futebol. É nesse espírito que estamos aqui, logicamente que não descuramos os
talentos. Angola tem muitos talentos", salientou, destacando que
atualmente o Benfica tem quatro atletas de origem angolana na formação.
EL // NF.
Angola registou em
2012 a taxa de inflação mais baixa desde 2002 -- Banco Nacional
28 de Janeiro de
2013, 15:59
Luanda, 28 jan
(Lusa) - Angola registou em 2012 uma taxa de inflação de 9,02 por cento,
"a mais baixa" desde o fim da guerra civil, em 2002, destaca hoje o
Banco Nacional de Angola (BNA) em comunicado divulgado em Luanda.
O documento, saído
da reunião mensal do Comité de Política Monetária do BNA, refere que, em
dezembro de 2012, a taxa de inflação mensal foi de 0,99%, e que as classes de
"Alimentação e Bebidas Não-Alcoólicas", "Bens e Serviços
Diversos" e "Vestuário e Calçado", foram as que registaram
maiores variações dos preços naquele mês.
"O crédito à
economia cresceu 1,12% no mês de dezembro, mantendo a tendência verificada ao
longo dos meses anteriores", lê-se no comunicado.
A taxa de câmbio
média de referência da moeda angolana, o kwanza, relativamente ao dólar
situou-se em 95,826 no final de dezembro, e em 2012 observou-se uma
"ligeira depreciação" de 0,57%, que o BNA considera evidenciar a
"estabilidade" da moeda nacional.
Quanto às decisões
adotadas pelo Comité de Política Monetária, o destaque vai para a redução da
Taxa Básica de Juro, a chamada Taxa BNA, que passou de 10,25% para 10% ao ano.
Foi ainda decidido
reduzir a Taxa de Juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez, de
11,5% para 11,25% ao ano e a Taxa de Juro da Facilidade Permanente de Absorção
de Liquidez, de 1,5% para 1,25% ao ano.
Entretanto, no
quadro dos debates em curso a nível de comissão do parlamento angolano sobre o
Orçamento Geral de Estado para 2013, o governador do BNA, José de Lima Massano,
disse que no quadro macroeconómico, até 2015, as reservas internacionais
líquidas de Angola deverão rondar os 35 mil milhões de euros.
Em 2012, as
reservas internacionais atingiram 30 mil milhões de euros contra os 23,7 mil
milhões registados no ano anterior.
Quanto à liquidez
dos bancos comerciais, José Massano explicou que o Banco Nacional de Angola
acompanha a evolução dos mercados com particular incidência sobre os níveis de
liquidez. "Os dados mais recentes disponíveis dizem que vamos numa liquidez
geral a nível dos 118 por cento", disse, acrescentando que "não há
motivos para o não pagamento, em tempo, dos bancos comerciais".
O OGE para 2013 foi
aprovado na generalidade no passado dia 15 e a votação final está agendada para
14 de fevereiro.
EL // PJA
Governo angolano
quer aumentar base tributária e combater evasão fiscal e economia informal
28 de Janeiro de
2013, 16:19
Luanda, 28 jan
(Lusa) - As autoridades angolanas estão a desenvolver um programa de educação
fiscal de sensibilização da população para aumentar a base tributária e, ao
mesmo tempo, garantir um controlo fiscal mais acentuado, refere hoje o diário
Jornal de Angola.
Citando a diretora
do Orçamento, do Ministério das Finanças, Arlete de Sousa, numa intervenção no
programa "Tendências e Debates", da Rádio Nacional de Angola, o
diário escreve que o executivo "decidiu apostar no alargamento da base
tributária e dar um combate mais cerrado à economia informal e à evasão
fiscal".
O objetivo é que a
receita fiscal não-petrolífera, que representa 17 por cento no Orçamento Geral
do Estado, atinja os 24 por cento dentro de quatro anos.
Mas a grande meta
do executivo é aumentar a base tributária, combatendo a evasão fiscal.
Dados de 2011,
referidos pelo diretor Nacional de Impostos, Leonel Silva, em entrevista à
agência Angop, apontam para a existência de mais de 30 mil empresas sem atividade
tributária há mais de cinco anos.
No mesmo período,
em Angola estavam registados na Direção Nacional dos Impostos apenas 120.482
contribuintes.
EL //JMR.
Sem comentários:
Enviar um comentário