segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Angola: CÓLERA, CHUVAS, DESABAMENTOS, MORTOS E DESALOJADOS SOMAM TRAGÉDIA




Surto epidémico de cólera totaliza 240 casos na província angolana do Cunene

14 de Janeiro de 2013, 17:27

Cahama, Angola, 14 jan (Lusa) - Um surto epidémico de cólera na província do Cunene, sul de Angola, referenciado desde 20 de dezembro, regista já 240 casos, anunciou hoje fonte médica.

Citado pela agência Angop, Musseya Ilela, diretor clínico do Hospital Municipal da Cahama, no Cunene, disse que a média diária de novos casos é agora entre dois e três, devido às medidas de alerta entretanto adotadas.

No total foram já confirmados cinco mortes, ocorridas na primeira semana, acrescentou.

O Hospital Municipal da Cahama criou dois pavilhões móveis para atender os casos de cólera naquele município.

Noutras províncias, designadamente Malange e Lunda Norte, no norte do país, também foram referenciados casos de cólera.

Entretanto, um surto de diarreia assola desde o início do ano a aldeia de Kixoto, na comuna de Massangano, província do Kwanza Norte.

Segundo o administrador comunal adjunto de Massangano, Xavier Augusto Domingos, foram notificados seis casos desde o surgimento do surto, que já provocou a morte de uma pessoa.

Presumivelmente os casos poderão estar relacionados com o consumo de água não tratada, extraída diretamente do rio Lucala, nesta época chuvosa.

Aguardam-se os resultados das análises efetuadas, para confirmar ou não se se trata de um surto de cólera.

Os casos de cólera têm vindo a diminuir progressivamente.

Em 2007, em todo o país, foram referenciados mais de 18 mil casos, e em 2012, entre os mais de 2 mil casos confirmados, foram registados 135 óbitos.

EL // PJA

Seis mortos e mais de 13 mil desalojados devido às chuvas na província angolana do Moxico

14 de Janeiro de 2013, 14:21

Luena, Angola, 14 jan (Lusa) - Pelo menos seis pessoas morreram e mais de 13 mil estão desalojadas na província do Moxico, leste de Angola, devido às fortes chuvas que se fazem sentir na região, divulgou hoje o porta-voz da Comissão Provincial de Proteção Civil.

Citado pela agência Angop, Domingos Roque Jacinto, que intervinha numa reunião promovida pelo governador provincial, João Ernesto dos Santos "Liberdade", disse que aqueles números são ainda provisórios porque ainda não terminou o levantamento.

Quanto aos estragos materiais já inventariados, Roque Jacinto disse que já foi contabilizado o desabamento de 2.365 casas e 13 escolas.

Os municípios mais afetados pelas enxurradas são os de Kamanongue, Léua e Moxico.
Além das chuvas, o avançar das ravinas é outro dos problemas que está a afetar o Moxico, sobretudo a sua capital provincial, Luena.

No sábado, o vice-governador para o setor Técnico e Infraestruturas, Manuel Lituai, apelou à necessidade de se encontrarem "soluções céleres" para o estancamento das ravinas, que estão a "engolir" parte da capital provincial.

O alerta foi lançado no final de uma reunião realizada com uma delegação do Ministério da Construção, que se deslocou ao Moxico para fazer o levantamento do efeito erosivo dos solos, que progride nos bairros periféricos em direção à cidade do Luena.

"É preocupante o problema das ravinas", vincou o vice-governador, para quem o estancamento das ravinas merece uma intervenção urgente das estruturas centrais, sob pena de atingir cada vez maior número de habitações nos bairros afetados.

Segundo o governante, atualmente as ravinas dos bairros "4 de Fevereiro", "Kawango", "Aço", "Augusto Ngangula" e "Sinai" são as que mais preocupam as autoridades locais.

EL // MLL.

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