Surto epidémico de
cólera totaliza 240 casos na província angolana do Cunene
14 de Janeiro de
2013, 17:27
Cahama, Angola, 14
jan (Lusa) - Um surto epidémico de cólera na província do Cunene, sul de
Angola, referenciado desde 20 de dezembro, regista já 240 casos, anunciou hoje
fonte médica.
Citado pela agência
Angop, Musseya Ilela, diretor clínico do Hospital Municipal da Cahama, no
Cunene, disse que a média diária de novos casos é agora entre dois e três,
devido às medidas de alerta entretanto adotadas.
No total foram já
confirmados cinco mortes, ocorridas na primeira semana, acrescentou.
O Hospital
Municipal da Cahama criou dois pavilhões móveis para atender os casos de cólera
naquele município.
Noutras províncias,
designadamente Malange e Lunda Norte, no norte do país, também foram
referenciados casos de cólera.
Entretanto, um
surto de diarreia assola desde o início do ano a aldeia de Kixoto, na comuna de
Massangano, província do Kwanza Norte.
Segundo o
administrador comunal adjunto de Massangano, Xavier Augusto Domingos, foram
notificados seis casos desde o surgimento do surto, que já provocou a morte de
uma pessoa.
Presumivelmente os
casos poderão estar relacionados com o consumo de água não tratada, extraída
diretamente do rio Lucala, nesta época chuvosa.
Aguardam-se os
resultados das análises efetuadas, para confirmar ou não se se trata de um
surto de cólera.
Os casos de cólera
têm vindo a diminuir progressivamente.
Em 2007, em todo o
país, foram referenciados mais de 18 mil casos, e em 2012, entre os mais de 2
mil casos confirmados, foram registados 135 óbitos.
EL // PJA
Seis mortos e mais
de 13 mil desalojados devido às chuvas na província angolana do Moxico
14 de Janeiro de
2013, 14:21
Luena, Angola, 14
jan (Lusa) - Pelo menos seis pessoas morreram e mais de 13 mil estão
desalojadas na província do Moxico, leste de Angola, devido às fortes chuvas
que se fazem sentir na região, divulgou hoje o porta-voz da Comissão Provincial
de Proteção Civil.
Citado pela agência
Angop, Domingos Roque Jacinto, que intervinha numa reunião promovida pelo
governador provincial, João Ernesto dos Santos "Liberdade", disse que
aqueles números são ainda provisórios porque ainda não terminou o levantamento.
Quanto aos estragos
materiais já inventariados, Roque Jacinto disse que já foi contabilizado o
desabamento de 2.365 casas e 13 escolas.
Os municípios mais
afetados pelas enxurradas são os de Kamanongue, Léua e Moxico.
Além das chuvas, o
avançar das ravinas é outro dos problemas que está a afetar o Moxico, sobretudo
a sua capital provincial, Luena.
No sábado, o
vice-governador para o setor Técnico e Infraestruturas, Manuel Lituai, apelou à
necessidade de se encontrarem "soluções céleres" para o estancamento
das ravinas, que estão a "engolir" parte da capital provincial.
O alerta foi
lançado no final de uma reunião realizada com uma delegação do Ministério da
Construção, que se deslocou ao Moxico para fazer o levantamento do efeito
erosivo dos solos, que progride nos bairros periféricos em direção à cidade do
Luena.
"É preocupante
o problema das ravinas", vincou o vice-governador, para quem o
estancamento das ravinas merece uma intervenção urgente das estruturas
centrais, sob pena de atingir cada vez maior número de habitações nos bairros
afetados.
Segundo o
governante, atualmente as ravinas dos bairros "4 de Fevereiro",
"Kawango", "Aço", "Augusto Ngangula" e
"Sinai" são as que mais preocupam as autoridades locais.
EL // MLL.
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