Desabamento de
casas e igrejas devido ao mau tempo causa 14 feridos no centro de Mocambique
14 de Janeiro de
2013, 15:36
Chimoio, 14 jan
(Lusa) - Pelo menos 14 pessoas ficaram feridas, atingidas por desabamentos de
casas e igrejas em Chimoio, centro de Moçambique, na sequência da chuva
incessante que fustiga a região, disse hoje à Lusa fonte oficial.
Dados do Instituto
Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) em Manica indicam que, durante o fim
de semana, 510 casas de construção precária desabaram e outras 1641 ficaram
parcialmente destruídas. Também 80 casas de construção convencional ficaram sem
teto ou parede, enquanto que 29 igrejas desabaram parcialmente.
Ainda segundo o
levantamento do INGC, a rádio comunitária de Chimoio ficou com o equipamento
submerso, o que obrigou à paralisação do funcionamento.
João Vaz, delegado
do INGC em Manica, disse que algumas pessoas foram atingidas a dormir e outras
surpreendidas em cultos religiosos, quando as paredes cederam "à pressão
da chuva", deixando a "nu" várias famílias nas periferias de
Chimoio.
"Agora 10
pessoas estão sem abrigo, mas a Cruz Vermelha cedeu tendas que estão a ser
montadas para acomodar estas pessoas. A maioria dos afetados tem casas
alternativas no quintal e aqueles que viram a sala ou quarto desabar recorreram
aos compartimentos bons", disse à Lusa João Vaz.
Ainda segundo a
mesma fonte, das vítimas do mau tempo, 90 famílias receberam rolos plásticos
para cobertura, como a primeira medida governamental em resposta à situação de
contingência. Outras 70 lonas e "kits" de reconstrução estão a
caminho de Chimoio, enviadas pela direcção regional centro do INGC.
Várias estradas de
Manica estão cortadas ou condicionadas, devido à subida de caudais dos rios,
sobretudo os mais problemáticos, cujos cursos não possuem pontes para
travessia.
"Em Tambara, o
rio Zambeze atingiu hoje 4.30 metros" numa zona onde "o nível de
alerta éde cinco metros. A bacia do Buzi (Lucite) atingiu nove metros de
altura, ou seja está quatro metros acima do alerta, mas com tendência de
reduzir", explicou à Lusa João Vaz, que alerta a população sobre o risco
de travessia dos cursos de água nesta época.
AYAC // PJA
Chuvas matam seis
pessoas e afetam sete mil moçambicanos
14 de Janeiro de
2013, 15:31
Maputo, 14 jan
(Lusa) - Seis pessoas morreram na sequências das chuvas fortes que assolam a
zona norte de Moçambique e que atingem sete mil pessoas, referiu fonte do
Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), salientando que ainda
existem "há alguns casos que merecem maior atenção".
O governo
moçambicano decretou na sexta-feira o alerta laranja para a região norte do
país e já existem 340 famílias desalojadas em quatro distritos de Nampula,
segundo dados governamentais.
Em declarações hoje
aos jornalistas, a porta-voz do INGC, Rita Almeida, disse que os mais recentes
dados apurados pelo governo moçambicano "indicavam oito mortos, mas por
causa da reverificação sobre as razões das mortes este número baixou para seis,
contudo, poderá subir dependendo do desenvolvimento dos acontecimentos".
Devido a fortes
chuvas que assolam o país desde finais do ano passado "sete mil pessoas
foram afetadas por condições combinadas", afirmou a porta-voz do INGC.
"No geral, até
este momento temos cerca de sete mil. Se calhar estas sete mil pessoas foram
afetadas por condições combinadas: a questão das cheias nos rios, casas
destruídas por causa de ventos fortes, ou mesmo chuvas que caíram de uma forma
insistente numa determinada zona e, por causa do tipo de construção, as paredes
foram se desgastando", disse Rita Almeida.
O INGC considera
críticas as situações das províncias da Zambézia, Inhambane, Manica e Tete,
pelo que reforçou os materiais que tinham sido pré-posicionados para estas
províncias.
"De uma forma
geral há alguns casos que merecem maior atenção, tal é o caso da província de
Inhambane, concretamente no distrito de Panda e Homoíne, onde temos algumas
pessoas que estão afetadas e alojadas em centros de acomodação
temporária", exemplificou Rita Almeida.
Apenas na província
da Zambézia, o INGC prevê que 84 mil pessoas necessitem de ajuda, caso ocorram
situações de cheias, ciclones ou vendavais na presente época chuvosa.
O INGC prevê que
até março deste ano as zonas centro e norte registem chuvas normais com
tendência para acima de normais.
As projeções do
INGC, que constam do seu plano de contingências 2012/2013, referem que o número
de vítimas de fome em Moçambique poderá aumentar de 19 mil para 116.985, pois,
o controlo da situação está dependente da queda de precipitação.
A maioria da
população afetada pelas bolsas de fome vive em regiões caracterizadas por clima
árido ou semiárido e, consequentemente, fraca produção da comida para sua
sobrevivência, disse Bearina Trapesse, delegada do INGC em Inhambane.
MMT // PJA
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