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Promotoria diz que
exames de DNA comprovam envolvimento de todos os acusados no crime. Defesa
acusa polícia de fabricar indícios e reagir a "fúria popular".
Começou nesta
segunda-feira (21/01) o julgamento dos cinco acusados de estuprar e matar uma
estudante na Índia, em dezembro do ano passado. O processo está sendo realizado
em um tribunal rápido, específico para crimes contra a mulher, em Nova Déli. Um
menor de 17 anos, que também teria participado do crime, será julgado
separadamente.
De acordo com a
promotoria, exames de DNA feitos a partir de amostras de sangue colhidas nas
roupas de todos os acusados são suficientes para uma condenação. Rajiv Mohan,
promotor Sênior, disse que vai pedir pena de morte para os réus.
A vítima, uma
estudante de fisioterapia de 23 anos, voltava do cinema com o namorado quando
foi estuprada dentro de um ônibus. Ela morreu em um hospital de Cingapura, 13
dias após o crime.
O caso chocou o
país e provocou protestos. A presidente do majoritário Partido do Congresso da
Índia, Sonia Gandhi, disse em discurso neste domingo (20/01) que "não se
pode tolerar mentalidades sociais tão vergonhosas que levam a atrocidades
indescritíveis contra mulheres e crianças. Toda mulher no país tem o direito
fundamental de se sentir segura".
Dois dos quatro
advogados de defesa alegam que os réus adultos foram torturados na prisão para
confessarem. Eles argumentam também que a polícia só começou a investigação
depois de manifestações populares e que as provas de DNA foram
"fabricadas".
A mãe da jovem
morta disse a um jornal indiano que só ficará satisfeita quando os acusados
forem punidos. "Pelo que fizeram a ela, eles merecem morrer."
MC/dpa/afp/rtr - Revisão:
Francis França
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