sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

HONG KONG APREENDE MAIS DE UMA TONELADA DE MARFIM CONTRABANDEADO




DM – HB - Lusa

Hong Kong, China, 04 jan (Lusa) - As autoridades de Hong Kong anunciaram hoje a apreensão de mais de uma tonelada de marfim avaliado em 10,6 milhões de dólares de Hong Kong (1,05 milhões de euros), num carregamento proveniente do Quénia.

Os Serviços de Alfândega da antiga colónia britânica apreenderam, na quinta-feira, 779 presas de elefante, com um peso total de 1,3 toneladas, as quais foram cortadas e escondidas em cinco caixas de madeira junto com placas de pedra num contentor marcado com a inscrição "pedras arquitetónicas".

Esta foi a terceira maior apreensão de marfim levada a cabo pelas autoridades de Hong Kong, num intervalo inferior a três meses.

A maior da história do território foi em outubro, altura em que foram descobertas 3,8 toneladas de marfim contrabandeado oriundo do Quénia e da Tanzânia.

"Não é muito comum encontrar pedras arquitetónicas do Quénia (...) [foi por isso] que nós olhámos para este contentor como potencial depósito de bens de elevado risco", afirmou Clare Kwan, dos Serviços de Alfândega de Hong Kong, aos jornalistas.

O departamento governamental recusou, contudo, divulgar para onde seguia o carregamento de marfim, que passou pela Malásia.

Até ao momento, não foram efetuadas detenções, estando as autoridades a investigar o caso.

Apesar das grandes quantidades de marfim apreendidas, os Serviços de Alfândega refutam a ideia de que Hong Kong se tenha transformado num centro de comércio ilegal de marfim.

"Não há qualquer informação que sugira que há um aumento da tendência de contrabando de presas de marfim", afirmou o responsável pelo controlo dos portos, Vincent Wong, em conferência de imprensa.

Ao abrigo da legislação da antiga colónia britânica, quem for considerado culpado de importar, exportar e de ter em sua posse espécies em extinção para fins comerciais enfrenta até dois anos de prisão e uma multa máxima de 5 milhões de dólares de Hong Kong (495 mil euros), indicaram os Serviços de Alfândega.

A convenção sobre o comércio internacional das espécies de fauna e flora selvagens ameaçadas de extinção (CITES) proíbe, com raras exceções, o comércio internacional de marfim desde 1989, após se ter verificado uma redução brusca de populações de elefantes.

No entanto, o aumento do comércio ilegal de marfim tem vindo a ser impulsionado pela procura na Ásia e no Médio Oriente, onde as presas de elefantes são usadas na medicina tradicional e para fazer ornamentos.

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