JSD – PJA - Lusa
Cidade da Praia, 30
jan (Lusa) - O primeiro-ministro cabo-verdiano considerou hoje
"ligeira" a descida de 16 lugares de Cabo Verde no
"ranking" de Liberdade de Imprensa, divulgado hoje num relatório da
organização não governamental Repórteres sem Fronteiras (RSF).
"Nos
resultados da avaliação feita pelos RSF devemos destacar que, apesar de ter
havido uma mudança de metodologia, o que pode explicar a ligeira descida no
ranking, Cabo Verde mantém uma avaliação muito boa", disse José Maria
Neves aos jornalistas que o interpelaram sobre a questão.
No relatório sobre
Liberdade de Imprensa dos MSF, Cabo Verde caiu da 9.ª para a 25.ª posição,
facto atribuído por José Maria Neves a uma "mudança de metodologia"
que, mesmo assim, não retira mérito ao facto de o arquipélago estar entre os
países "totalmente livres" nesse domínio.
"Em 179
países, Cabo Verde está nos primeiros 25, é o primeiro da CPLP (Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa) e da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da
África Ocidental) e o segundo em África", salientou.
Repetindo sete
vezes a frase "ligeira descida", José Maria Neves salientou também
que, "à vista desarmada", não vê "nenhum facto relevante
interno" que a justifique.
"Houve uma
mudança de metodologia, mas teremos de ver todos os aspetos que foram
considerados no relatório. Mas as notas, as questões referentes a Cabo Verde,
não dizem nada de mal", sustentou.
José Maria Neves
ressaltou também que Cabo Verde está à frente de países como Portugal (28.ª
posição), Estados Unidos (32.ª) e África do Sul (52.ª), lembrando, ao mesmo
tempo, a descida do Canadá, que, de 10.º, passou para 20.º.
"Não terá
acontecido nada de excecional que possa justificar a ligeira descida. A
imprensa cabo-verdiana é completamente livre. Quando analisamos as outras
sondagens e indicadores, como os do Heritage Foundation e Freedom House, o país
está nos primeiros lugares das liberdades económicas e da transparência na
gestão da coisa pública", sublinhou.
"Ser
totalmente livre não significa que não haja problemas. Poderá haver um ou
outro, mas desde que o Governo tome medidas e garanta as condições
favorecedoras da Liberdade de Imprensa, o país continuará a ser totalmente
livre", concluiu.
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