EL – VM - Lusa
Luanda, 04 jan
(Lusa) - Uma cidadã portuguesa, radicada há oito meses em Angola, está dada
como desaparecida desde o dia 01, na sequência de um acidente no mar, junto à
ponta da ilha de Luanda, presumindo as autoridades que tenha morrido por
afogamento.
Paula Arnauth, de
37 anos, que desapareceu no mar após um mergulho em zona referenciada pelas
autoridades como interdita a banhos de mar, junto à ponta da ilha de Luanda,
cerca das 16:30 (15:30 em Lisboa) do passado dia 01.
Em declarações à
Lusa, o porta-voz do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros, Faustino
Sebastião, disse que as buscas prosseguem, envolvendo "todos os meios
possíveis".
"Foi dado o
alerta aos quartéis das áreas circunvizinhas. Da Boavista, que tem estado a
fazer o patrulhamento da zona portuária e também do Cacuaco, a ver se
conseguimos no mais curto espaço de tempo encontrar o corpo desta cidadã",
disse.
O acidente ocorreu
depois de Paula Arnauth, acompanhada do cidadão luso-angolano Luís Cartaxo, 44
anos, coproprietário de um restaurante na ilha de Luanda, ter passado o dia na
praia e quando regressavam à capital, terem decidido dar um último mergulho no
mar, devido à elevada temperatura que se fazia sentir.
Luís Barreira,
sócio do luso-angolano no restaurante, disse à Lusa que segundo Luís Cartaxo, o
acidente ocorreu quando os dois se encontravam dentro de água, e o vento forte
e a corrente afastaram a embarcação, tendo os dois sentido dificuldades em
nadar para terra.
Populares que se
encontravam na ponta da ilha de Luanda e que testemunharam o incidente
alertaram os bombeiros, que conseguiram resgatar Luís Cartaxo da água, que
devido ao estado de exaustão em que se encontrava e por ter ingerido muita água
do mar teve de ser hospitalizado.
Mas o corpo de
Paula Arnauth continua desaparecido, apesar de as buscas envolvendo meios
aéreos e marítimos em curso desde o incidente.
Luís Cartaxo já
teve alta da clínica onde recebeu cuidados médicos, encontrando-se em casa.
A zona onde
mergulharam está referenciada pelas autoridades como interdita a banhos de mar,
salientou o porta-voz do SNPCB.
A zona onde
decorrem as buscas é muito grande, reconheceu Luís Barreira.
"Para quem
conhece a ponta da ilha de Luanda, estamos a falar de uma área desde a foz do
(rio) Dande e a ponta da ilha. São milhões de metros quadrados e não é fácil
encontrar uma pessoa no mar", frisou.
Luís Barreira
acrescentou que informações não oficiais apontam para mais sete casos de
afogamento no dia 01 de janeiro na zona da ilha de Luanda, uma língua de terra
que recebeu cerca de 700 mil pessoas no período de fim de ano.
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