NME – MLL - Lusa
Luanda, 13 fev
(Lusa) - A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral
(CASA-CE) inicia no sábado os preparativos para o primeiro congresso
extraordinário, a realizar em abril, quando definirá a fórmula de eleição do
seu líder.
O anúncio foi feito
hoje em conferência de imprensa, em Luanda, pelo vice-presidente daquela
coligação e coordenador da comissão preparatória do congresso, Manuel
Fernandes.
O congresso, para o
qual começam a ser eleitos, no sábado, os 1.100 delegados esperados,
provenientes de todo o país e do estrangeiro, vai custar 60 milhões de kwanzas
(462 mil euros).
A reunião vai ter
como lema "Transformar, Crescer e Vencer para Realizar Angola", e uma
das principais questões a debater é a forma de eleição do líder daquela
coligação, atualmente dirigida por Abel Chivukuvuku, antigo delfim de Jonas
Savimbi.
"Até aqui, o
presidente (da CASA-CE) é indicado pelos partidos que subscrevem a coligação e
o debate interno que existe agora é de que o presidente deve ser eleito pelos
membros da CASA-CE reunidos em congresso", referiu Manuel Fernandes.
Em declarações à
Lusa, aquele dirigente político admitiu a existência de uma "forte corrente"
que considera melhor a eleição do presidente em congresso e outra que defende a
indicação do líder pelos partidos que subscrevem a coligação.
Segundo Manuel
Fernandes, os debates continuam, podendo os membros chegar a um consenso até
final deste mês.
A possibilidade de
transformação da coligação em partido é outro debate que está a decorrer e
outro dos principais assuntos a ser abordado no congresso.
"Quando se
idealizou a CASA-CE já havia esta intenção. Só não foi possível materializá-la
à partida devido aos entraves que poderíamos encontrar ao longo do percurso,
porque estávamos às portas das eleições. Pode-se dizer que, grosso modo, existe
consenso para transformar a CASA-CE em partido", admitiu.
A CASA-CE foi
criada em abril de 2012 e participou nas eleições gerais realizadas a 31 de
agosto do ano passado, nas quais alcançou 6% dos votos e elegeu oito deputados,
tornando-se na terceira força política em Angola.
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