Reuters
1 Fev (Reuters) - A
morte de um jovem que estava internado elevou nesta sexta-feira para 236 o
número de vítimas fatais em decorrência do incêndio na boate de Santa Maria, no
Rio Grande do Sul, informou a Defesa Civil do Estado.
O jovem de 20 anos,
que sofreu queimaduras em mais de metade do corpo, morreu em decorrência de uma
parada cardíaca, às 22h horas do dia 31 de janeiro, segundo o Centro de
Operações da Defesa Civil.
Há ainda 126
pessoas internadas em hospitais do Estado, por causa da tragédia. Segundo o
coronel Oscar Moiano, chefe da Casa Militar, há pacientes com pneumonia química
pela inalação de fumaça tóxica.
O incêndio na
madrugada de domingo na boate Kiss aconteceu, segundo a polícia, depois que um integrante
da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no local, acendeu um
sinalizador.
Uma faísca do
artefato teria entrado em contato com o revestimento acústico no teto da casa
noturna, provocando uma fumaça tóxica que causou a maioria das mortes por
asfixia.
A Polícia Civil do
Rio Grande do Sul informou que a rápida queima da espuma utilizada como
revestimento acústico da boate Kiss, que liberou fumaça tóxica, causou as
mortes.
O delegado
responsável pelas investigações, Marcelo Arigony, disse na quinta-feira que as
perícias realizadas no local demonstram, de maneira preliminar, que a espuma
não estava protegida com um produto retardante, utilizado para que ela não
queime tão rapidamente.
Segundo relatos de
testemunhas, teriam bastado três minutos desde o início do fogo para que a
fumaça escura e tóxica se espalhasse pela boate. Somado a outras
irregularidades, como falta de saídas de emergência alternativas, obstrução da
única porta e falhas nos equipamentos de emergência, o fator deu ao incêndio a
dimensão de uma tragédia.
(Reportagem de
Daniela Ades, em São Paulo; edição de Maria Pia Palermo)
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