sábado, 23 de fevereiro de 2013

CAOS GERADO PELA POLÍCIA ANGOLANA NEGA DIREITO A SAMAKUVA E AGRIDE DEPUTADOS




“Neste momento a Polícia canina, área e a anti-motins impedem a visita do presidente da UNITA ao bairro Mayombe em Cacuaco. As coisas estão a ficar complicadas, uma vez que a população que apreciou o gesto do líder da UNITA está a ficar agitada.” – Ana Margoso

Em Angola, esta manhã Isaías Samakuva e deputados da UNITA pretenderam visitar os desalojados de Cacuaco, Luanda, deparando com enorme aparato policial que lhes barrou passage exibindo forças policiais terrestres e aéreas que se transportavam em helicópteros. Deputados da UNITA foram agredidos assim como outros dos elementos presentes na comitiva. Registaram-se momentos bastante dramáticos, causados pelo elevado número de forças policiais, que dispararam por certos momentos bastantes tiros, não havendo no entanto conhecimento de feridos causados pelos disparos.

Isaías Samakuva questionou responsáveis da força policial porque estava aquilo a acontecer e qual a razão de estarem a causar todo aquele caos ao que o “2º Comandante da Unidade Operativa respondeu: fizemos a barreira era para impedir que os populares fizessem algum mal a sr. presidente. Samakuva respondeu: nenhum popular iria me fazer mal. UNITA promete reagir perante as autoridades...”. O relato é da jornalista angolana Ana Margoso, presente no local, na sua página do Facebook. Relatos e imagens que passamos a transcrever com a devida autorização.



“Hoje no Mayombe em Cacuaco Luanda quando visitávamos as populações desalojadas em Cacuaco. Neste momento o Presidente Isaias Samakuva estava a ser impedido pela Policia de Intervenção Rápida vulgo PIR a ir ao encontro da população em causa.”

O momento dos tiros e das agressões

“Muitos tiros neste momento no bairro Mayombe, o líder da UNITA encontra-se do lado de fora. Fala-se em mais de 300 polícias anti-motim, militares da UGP, no terreno, não se sabe bem o que está a acontecer dentro do bairro já que a caravana da UNITA não teve acesso ao bairro.”



Adriano Sapiñala e José Pedro Katchiungo dois dirigentes do Galo Negro foram agredidos pela Polícia, que no terreno tem inclusive helicópteros. A População está muita agitada e ameaça virar-se contra a polícia.” (existe um vídeo)

Caravana da UNITA proibida de entrar

“Presidente Samakuva enfrenta barreira da polícia e diz que não irá arredar os pés do Mayombe enquanto não tiver a possibilidade de ver em que situação estão os populares do Mayombe. A polícia retirou os helicópteros e diz não ter ordem para deixar entrar a caravana da UNITA.”



O silêncio dos cúmplices

Não deixa de ser estranho que passadas mais de seis horas do início dos acontecimentos façamos pesquisa via internet e não encontremos um único órgão de comunicação social que reporte minimamente o que está a acontecer em Luanda. Tal silêncio faz recordar o silêncio dos cúmplices, o que faz com que os órgãos de comunicação social, os seus trabalhadores, fiquem mal, muito mal, na fotografia. Contamos no entanto que este silencia seja quebrado por uns quantos sobreviventes do jornalismo “à séria”. Ficamos à espera e agrdecemos ao todo-poderoso que ainda existam pessoas e jornalistas como Ana Margoso.

*Redação - AV, com Ana Margoso em Facebook

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