“Neste momento a
Polícia canina, área e a anti-motins impedem a visita do presidente da UNITA
ao bairro Mayombe em Cacuaco. As coisas estão a ficar complicadas, uma vez que
a população que apreciou o gesto do líder da UNITA está a ficar agitada.” – Ana
Margoso
Em Angola, esta manhã
Isaías Samakuva e deputados da UNITA pretenderam visitar os desalojados de Cacuaco,
Luanda, deparando com enorme aparato policial que lhes barrou passage exibindo
forças policiais terrestres e aéreas que se transportavam em helicópteros.
Deputados da UNITA foram agredidos assim como outros dos elementos presentes na
comitiva. Registaram-se momentos bastante dramáticos, causados pelo elevado número
de forças policiais, que dispararam por certos momentos bastantes tiros, não
havendo no entanto conhecimento de feridos causados pelos disparos.
Isaías Samakuva
questionou responsáveis da força policial porque estava aquilo a acontecer e
qual a razão de estarem a causar todo aquele caos ao que o “2º Comandante da
Unidade Operativa respondeu: fizemos a barreira era para impedir que os
populares fizessem algum mal a sr. presidente. Samakuva respondeu: nenhum
popular iria me fazer mal. UNITA promete reagir perante as autoridades...”. O
relato é da jornalista angolana Ana Margoso, presente no local, na sua página
do Facebook. Relatos e imagens que passamos a transcrever com a devida
autorização.
“Hoje no Mayombe em
Cacuaco Luanda quando visitávamos as populações desalojadas em Cacuaco. Neste
momento o Presidente Isaias Samakuva estava
a ser impedido pela Policia de Intervenção Rápida vulgo PIR a ir ao encontro da
população em causa.”
O momento dos tiros
e das agressões
“Muitos tiros neste
momento no bairro Mayombe, o líder da UNITA encontra-se do lado de fora.
Fala-se em mais de 300 polícias anti-motim, militares da UGP, no terreno, não
se sabe bem o que está a acontecer dentro do bairro já que a caravana da UNITA
não teve acesso ao bairro.”
“Adriano Sapiñala e
José Pedro Katchiungo dois dirigentes do Galo Negro foram agredidos pela
Polícia, que no terreno tem inclusive helicópteros. A População está muita agitada
e ameaça virar-se contra a polícia.” (existe um vídeo)
Caravana da UNITA
proibida de entrar
“Presidente
Samakuva enfrenta barreira da polícia e diz que não irá arredar os pés do
Mayombe enquanto não tiver a possibilidade de ver em que situação estão os
populares do Mayombe. A polícia retirou os helicópteros e diz não ter ordem
para deixar entrar a caravana da UNITA.”
O silêncio dos cúmplices
Não deixa de ser
estranho que passadas mais de seis horas do início dos acontecimentos façamos
pesquisa via internet e não encontremos um único órgão de comunicação social
que reporte minimamente o que está a acontecer em Luanda. Tal silêncio faz
recordar o silêncio dos cúmplices, o que faz com que os órgãos de comunicação
social, os seus trabalhadores, fiquem mal, muito mal, na fotografia. Contamos
no entanto que este silencia seja quebrado por uns quantos sobreviventes do
jornalismo “à séria”. Ficamos à espera e agrdecemos ao todo-poderoso que ainda
existam pessoas e jornalistas como Ana Margoso.
*Redação - AV, com
Ana Margoso em Facebook
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