terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

MIGUEL RELVAS INSULTADO EM GAIA EM DEBATE AGITADO




Carla Soares – Jornal de Notícias

Miguel Relvas voltou a ser insultado, esta segunda-feira à noite, em Gaia, no momento em que discursava sobre o atual momento político, durante um debate organizado pelo Clube de Pensadores. Por sua vez, o ministro pediu aos portugueses para esperarem pelo fim do mandato para decidirem se querem que o Governo "vá embora".

Um grupo de duas dezenas de pessoas, com palavras de ordem que têm sido utlizadas pelo movimento dos indignados, levantou-se no momento em que o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares discursava e começou a cantar "Grândola, Vila Morena". Miguel Relvas resolveu, então, juntar a sua voz à dos manifestantes e cantar também.
De seguida, insultaram-no de "ladrão, "gatuno" e "fascista".

Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores, insurgiu-se contra a atitude dos manifestantes, mandando-os calar. Uma mulher começou a protestar contra a situação de desemprego e fome em que disse viver, mas o organizador do debate, também aos berros, mandou calar todos os manifestantes, tendo alguns abandonado a sala.

Bom senso na limitação de mandatos

Quando finalmente retomou a palavra, o ministro respondeu aos protestos. "Nestas circunstâncias não me desencorajam, não tenho qualquer tipo de preconceito", afirmou. Mas o seu discurso foi novamente interrompido por manifestantes que ficaram na sala.

Relvas reagiu ainda aos pedidos de demissão. "Peçam-nos resultados no final do mandato", declarou. E "a opção do Governo ir embora vai ser uma opção que os portugueses vão ter em 2015".

"Não fomos nós que pusemos o país na bancarrota", disse ainda, em jeito de crítica ao Governo socialista.

No debate sobre o atual momento político, o ministro falou também da polémica em torno dos autarcas do PSD que se candidatam a câmaras vizinhas. Segundo Relvas, a questão limitação de mandatos "foi ampliada" por razões locais. "Acredito que o bom senso acabará por prevalecer", acrescentou, em jeito de apelo, mas sem referir diretamente o caso de Luís Filipe Menezes ou de outros presidentes de câmara.

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