Jornal i - Lusa
O ex-deputado do PS
Manuel Alegre defendeu hoje que a convergência da esquerda "era importante
e até necessária" e advertiu que não pode haver "condições"
prévias quando se quer dialogar.
"A
convergência de esquerda era importante e até necessária, embora seja muito
complicada e muito difícil. Quando se quer conversar não se impõe
condições", afirmou, advertindo que "se alguém impõe condições nunca
há diálogo".
Manuel Alegre
falava aos jornalistas à entrada para o jantar de homenagem ao ex-líder
parlamentar do PCP, que se afastou do partido em 2002, Carlos Brito.
Sobre Carlos Brito,
que completa hoje 80 anos, Alegre disse que "é um homem de diálogo, muito
caloroso, um homem que sempre procurou estabelecer pontes e convergências entre
as forças de esquerda e diferentes setores políticos".
O jantar de
homenagem a Carlos Brito reúne na Casa do Alentejo, Lisboa, cerca de 200
pessoas, contando com figuras do PS, do BE e renovadores comunistas.
Na mesa de honra
estão o ex-presidente da República, Jorge Sampaio, Manuel Alegre, o
secretário-geral do PS, António José Seguro, o secretário-geral da UGT, João
Proença, que fará uma intervenção no final do jantar, o coordenador do Bloco de
Esquerda João Semedo, o historiador Borges Coelho e o presidente da associação
Renovação Comunista, Paulo Fidalgo.
O
ex-secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, os socialistas Pina Moura e
José Magalhães, o ex-líder parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel
Pureza, e Daniel Oliveira, do BE também participam no jantar.
Para José Manuel
Pureza, a convergência "em torno de uma governação de esquerda para o país
é um desafio que tem de ser percorrido".
"Devemos a
Carlos Brito essa lição de vida que é o ter combatido por uma governação de
esquerda para o país.
O caminho vai ter
que se mais denso, mais completo e sem equívocos", afirmou.
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