Liliana Valente –
Jornal i
Mais de 13 600
professores deixaram de dar aulas. Remuneração média base dos trabalhadores do
Estado é de 1405 euros
Num ano saíram das
folhas de vencimento do Estado mais de 28 mil funcionários públicos, metade
professores e educadores de infância. O Ministério da Educação e Ciência,
liderado por Nuno Crato, foi o que mais funcionários perdeu, ao todo quase 15
500.
Em 2012, em
comparação com o ano anterior, houve uma redução do pessoal do Estado de 4,6%.
Ao todo, de acordo com os números da Síntese Estatística do Emprego Público
(SIEP), trabalhavam no final de 2012 nos diferentes sectores da função pública
583 669 pessoas que recebiam, de remuneração-base média por mês, 1405 euros.
Dois terços destes trabalhadores estão vinculados à administração central, que
reduziu 4,8% o pessoal. Para o Ministério das Finanças estes números revelam
que o governo cumpriu “claramente o objectivo de redução dos efectivos das
administrações públicas definido no âmbito do Programa de Assistência Económica
e Financeira”, que tinha de ser de 2% ao ano.
A maior redução é
entre os docentes do ensino básico e secundário e educadores de infância. Mais
de 13 600 deixaram de fazer parte da folha de ordenados do ministério de Nuno
Crato. Mesmo assim ainda pesam 23,5%, quando antes representavam 24,7%. O
segundo ministério que mais reduziu foi o da Saúde, com menos 2 mil
trabalhadores, 500 deles enfermeiros.
As saídas de
funcionários públicos vão, no entanto, acentuar-se este ano. O Orçamento do
Estado para 2013 incluiu a norma da não renovação de 50% dos contratos a termo
do Estado. O número de funcionários que vão deixar a administração pública por
esta via ainda não é conhecido, depende dos contratos a renovar durante este
ano. Contudo, de fora desta regra estão exactamente os professores e os
militares. Uma primeira estimativa dava conta da redução de cerca de 40 mil
funcionários, mas, tendo em conta que a maioria dos contratados são
professores, esse valor deverá ser inferior a 10 mil.
CÂMARAS
Além
da administração central, também os municípios e as regiões perderam funcionários,
num total de 5953, uma redução de 3,9%. As câmaras foram as entidades que mais
contribuíram para o corte, com 5197. Ao todo trabalham agora nas câmaras
municipais 101 mil pessoas. A Madeira reduziu 417 funcionários e os Açores 339.
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