União
Europeia, PALOP e Timor-Leste reunidos em Díli para discutir eficácia da
cooperação
MSE – VM - Lusa
Díli, 22 fev (Lusa)
- A União Europeia, os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e
Timor-Leste vão reunir-se entre segunda e quinta-feira em Díli para discutir a
eficácia da cooperação e definir a estratégia para o futuro.
Trata-se da IX
Reunião do Programa PALOP, Timor-Leste/União Europeia, que celebra este ano 20
anos, e que vai reunir em Díli responsáveis ministeriais daqueles países e
representantes da UE.
"O encontro
tem por objetivo analisar a eficácia e a eficiência da cooperação, discutir a
execução dos projetos ativos e definir as linhas estratégicas e programáticas
para o futuro", refere a organização do encontro, em comunicado.
O programa,
financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento, foi criado em 1992 em São
Tomé e Príncipe, tendo Timor-Leste aderido em 2005.
No âmbito daquele
programa, estão a decorrer projetos na área da formação profissional e de apoio
aos ciclos eleitorais.
A agenda dos
trabalhos tem início na segunda-feira com reuniões técnicas e setoriais.
Austrália
quer continuar a desenvolver indústria petrolífera com Timor-Leste
MSE – VM - Lusa
Díli, 20 fev (Lusa)
- O ministro da Energia e Turismo da Austrália, Martin Ferguson, manifestou
hoje a vontade do seu Governo em reforçar a cooperação e continuar a
desenvolver a indústria petrolífera com Timor-Leste, no final de uma visita a
Díli.
"Tive um bom
encontro com o Presidente. Discutimos o reforço das nossas relações e os
progressos que Timor-Leste fez desde a independência", afirmou o ministro,
no final de um encontro com o chefe de Estado timorense, Taur Matan Ruak.
Nas declarações aos
jornalistas, o ministro australiano manifestou a vontade da Austrália em
continuar a desenvolver a indústria petrolífera com Timor-Leste.
"Devemos
desenvolver a indústria petrolífera, vender o nosso gás na Ásia, ter retorno
para as nossas comunidades e criar empregos e prosperidade para as nossas
comunidades", disse.
O ministro Martin
Ferguson iniciou na quinta-feira a visita a Timor-Leste com um encontro com o
ministro dos Recursos Naturais e Petróleo, Alfredo Pires, e os dois garantiram à
imprensa que os seus governos prosseguem as discussões sobre o Tratado sobre
Determinados Ajustes Marítimos do Mar de Timor (CMATS, sigla em inglês).
O tratado foi
assinado pelos dois países em 2007 para facilitar a exploração de gás e
petróleo no Mar de Timor, na zona fora da Área Conjunta de Desenvolvimento do
Petróleo (JPDA).
O acordo
possibilita que Timor-Leste ou a Austrália o denunciem, caso não tenha sido
aprovado o Plano de Desenvolvimento do Greater Sunrise seis anos após ter
entrado em vigor, prazo que termina no sábado.
A exploração do
Greater Sunrise, campo de gás, criou um impasse nas relações entre a
petrolífera australiana Woodside e as autoridades de Timor-Leste.
Enquanto a empresa
australiana defende a exploração numa plataforma flutuante, Timor-Leste insiste
na construção de um gasoduto para permitir desenvolver a costa sul do país.
Mesmo que o
contrato seja denunciado, os contratos de exploração do Sunrise continuam em
vigor e, se a produção no Greater Sunrise começar, o CMATS volta a entrar
imediatamente em vigor, a não ser que modificações tenham sido negociadas.
No tratado, que
impede a definição de fronteiras marítimas entre Timor-Leste e a Austrália
durante um período de 50 anos, ficou especificado que cada um dos países recebe
metade das receitas de exploração do Sunrise.
Além do CMATS, a
exploração do gás e petróleo no Mar de Timor é também regulado pelo Tratado do
Mar de Timor e pelo Acordo Internacional de Unificação.
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atualizado em TIMOR LOROSAE NAÇÃO
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