sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Moçambique: INQUÉRITO À TV, RÁDIO E AIM, PAZ COM RD CONGO, PAGAR AOS EX-ESPIÕES




PM moçambicano determina inquérito a principais órgãos de comunicação públicos

21 de Fevereiro de 2013, 15:17

Maputo, 21 fev (Lusa) - O primeiro-ministro moçambicano, Alberto Vaquina, criou uma comissão de inquérito à Televisão de Moçambique, Rádio Moçambique e à Agência de Informação de Moçambique, para apurar a veracidade das queixas recentemente apresentadas pelos funcionários destes órgãos públicos.

Uma nota do gabinete do primeiro ministro de Moçambique refere que, "no âmbito do seguimento às visitas efetuadas aos órgãos de informação, Alberto Vaquina determinou, em despacho, a realização de uma sindicância à Televisão de Moçambique (TVM), Agência de Informação de Moçambique (AIM) e Rádio Moçambique (RM), nos termos do artigo 120 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado".

A comissão de inquérito, que inicia no próximo dia 26 de março, é composta por seis pessoas e deverá apresentar o relatório sobre a realidade das três empresas públicas no prazo máximo de 30 dias.

Durante uma visita efetuada em janeiro àqueles órgãos de comunicação social, os trabalhadores denunciaram alegada má gestão de bens públicos, mas foi na televisão pública que Alberto Vaquina ouviu maiores reclamações vindas diretamente de jornalistas.

"Senhor primeiro-ministro, pedimos gestores capazes para rentabilizar a TVM, empresa que mesmo tendo mudado a face dos timoneiros está nas mãos das mesmas pessoas já há bastante tempo", referiram em mensagem os funcionários da televisão pública.

"Agradecemos a vinda do senhor primeiro-ministro e esperamos que esta visita marque o fim da tirania que vivemos aqui, bem como das atrocidades cometidas na gestão da empresa", lê-se na mensagem do comité sindical da TVM.

Também na AIM e na RM, os trabalhadores, sobretudo, jornalistas denunciaram casos de supostos desmandos.

Na altura, Alberto Vaquina prometeu averiguar as preocupações apresentadas pelos funcionários da TVM, RM e AIM.

MMT // MSF

Presidente moçambicano assina acordo de paz, segurança e cooperação para RDCongo

22 de Fevereiro de 2013, 12:30

Maputo, 22 fev (Lusa) - O presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Armando Guebuza, vai assinar o acordo de implementação da paz, segurança e cooperação para a República Democrática do Congo (RDCongo) e países vizinhos.

Uma nota da presidência moçambicana refere que o chefe de Estado Armando Guebuza, presidente em exercício da SADC, vai participar entre sábado e segunda-feira, na capital etíope, Addis Abeba, na cerimónia de assinatura do Quadro de Paz, Segurança e Cooperação para a República Democrática do Congo e da região.

A SADC, União Africana e as Nações Unidas são signatários garantes da implementação do Quadro de Paz, Segurança e Cooperação para a República Democrática do Congo a ser subscrito pela RDCongo e a República Centro-Africana, Angola, Burundi, Congo, Ruanda, África do Sul, Sudão do Sul, Uganda, Zâmbia e Tanzânia.

A RDCongo está envolvida num frágil processo de paz desde a segunda guerra do Congo (1998-2003), que implicou vários países africanos e desencadeou o destacamento da maior missão de paz da ONU.

Entre abril e maio do ano passado, os rebeldes do M23 lançaram este ano uma ofensiva que conduziu à ocupação em novembro último, durante 12 dias, de Goma, a principal cidade da província do Kivu Norte, rica em recursos naturais.

Após uma forte pressão da comunidade internacional, o M23 aceitou retirar as tropas da cidade de Goma, no passado dia 01 de dezembro, bem como iniciar um processo de negociações com o regime de Joseph Kabila.

As primeiras conversações arrancaram a 09 de dezembro em Kampala, no Uganda. Dias mais tarde, a 21 de dezembro, as negociações de paz foram suspensas até janeiro, sem acordo sobre o programa das conversações.

O movimento M23 é composto por soldados congoleses desertores e fiéis a Bosco Ntaganda, ex-chefe militar procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e contra a humanidade.

MMT // VM.

Ministério dos Combatentes de Moçambique vai pagar primeiras pensões aos ex-agentes da secreta em Março

22 de Fevereiro de 2013, 12:58

Maputo, 22 fev (Lusa) - O Ministério dos Combatentes moçambicano indicou hoje que vai começar a pagar as primeiras pensões aos ex-membros dos serviços de informação, que se amotinaram quarta-feira na sede da secreta, a partir de março.

Centenas de ex-agentes do Serviço de Informação e Segurança do Estado moçambicano (SISE) concentraram-se quarta-feira na sede da instituição em Maputo, para exigir o pagamento de pensões, sua reintegração na entidade e oportunidades de emprego.

Os ex-membros do SISE, muitos dos quais do tempo da Guerra Fria e formados em Cuba e países do bloco soviético, acusam a instituição de os ter desmobilizado compulsivamente, abandonando-os à sua sorte.

Em declarações à Lusa em Maputo, o diretor-nacional da Ação Social do Ministério dos Combatentes, Horácio Massangaia, afirmou que a entidade identificou 1.852 ex-agentes, dos quais 800 esperam pelo pagamento de pensões e os restantes já recebem, mas exigem oportunidades de emprego.

"A partir do início de março, começaremos a pagar as primeiras pensões ao grupo que ainda não recebe as suas pensões e continuaremos com a tramitação dos restantes processos até que todos beneficiem desse direito", afirmou Horácio Massangaia.

Segundo o diretor nacional da Ação Social do Ministério dos Combatentes, os ex-agentes do SISE que se amotinaram na quarta-feira já recebem as suas pensões, aguardando apenas o enquadramento em novos empregos.

"Quer a regularização do pagamento de pensões, quer a criação de oportunidades de emprego, são processos extremamente delicados e por isso morosos, porque são aos milhares os beneficiários de pensões provenientes das forças de defesa e segurança", assinalou Horácio Massangaia.

PMA // PJA

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