quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

UNITA considera denúncia de apoios de Portugal uma "bajulação" ao Governo angolano




NME – PJA – Lusa – foto Miguel A. Lopes

O porta-voz da UNITA, maior partido da oposição em Angola, minimizou hoje as declarações do ex-ministro português Castro Caldas sobre o apoio de Portugal a Savimbi, considerando-as uma forma de “bajulação” ao MPLA.

Portugal está a "lisonjear determinadas figuras do Executivo angolano que, ironicamente, têm processos indiciados em tribunais portugueses, acusados de branqueamento de capitais", disse à Lusa Alcides Sakala.

"Consideramos que foi extemporânea esta posição do ex-ministro da Defesa, porque a UNITA nunca recebeu ajuda nenhuma dos vários Governos portugueses, nem na época colonial, muito menos agora", sublinhou.

Na terça-feira, durante uma comissão de inquérito em Portugal sobre Camarate (referente às circunstâncias da morte em 1980 do primeiro-ministro Sá-Carneiro e do ministro da Defesa Amaro da Costa), o ex-ministro da Defesa Castro Caldas afirmou que o líder histórico da UNITA, Jonas Savimbi, foi "durante muito tempo financiado pelas Forças Armadas portuguesas", através do Fundo de Defesa Militar do Ultramar, que funcionava como um "saco azul”.

Para Alcides Sakala, “é surpreendente que Portugal venha agora novamente com esta intensidade por parte de um ex-ministro português da Defesa, numa altura em que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, estava de visita" a Angola, avançou Alcides Sakala.

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