NME – PJA – Lusa –
foto Miguel A. Lopes
O porta-voz da
UNITA, maior partido da oposição em Angola, minimizou hoje as declarações do
ex-ministro português Castro Caldas sobre o apoio de Portugal a Savimbi, considerando-as
uma forma de “bajulação” ao MPLA.
Portugal está a
"lisonjear determinadas figuras do Executivo angolano que, ironicamente,
têm processos indiciados em tribunais portugueses, acusados de branqueamento de
capitais", disse à Lusa Alcides Sakala.
"Consideramos
que foi extemporânea esta posição do ex-ministro da Defesa, porque a UNITA
nunca recebeu ajuda nenhuma dos vários Governos portugueses, nem na época
colonial, muito menos agora", sublinhou.
Na terça-feira,
durante uma comissão de inquérito em Portugal sobre Camarate (referente às
circunstâncias da morte em 1980 do primeiro-ministro Sá-Carneiro e do ministro
da Defesa Amaro da Costa), o ex-ministro da Defesa Castro Caldas afirmou que o
líder histórico da UNITA, Jonas Savimbi, foi "durante muito tempo
financiado pelas Forças Armadas portuguesas", através do Fundo de Defesa
Militar do Ultramar, que funcionava como um "saco azul”.
Para Alcides
Sakala, “é surpreendente que Portugal venha agora novamente com esta
intensidade por parte de um ex-ministro português da Defesa, numa altura em que
o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, estava de visita" a
Angola, avançou Alcides Sakala.
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