terça-feira, 19 de março de 2013

ÂNGELO CORREIA CRIOU O MONSTRO PASSOS COELHO E QUER FAZÊ-LO PERDURAR

 


António Veríssimo
 
FAÇA-SE VALER A DEMOCRACIA - ELEIÇÕES RÁPIDAMENTE E EM FORÇA!
 
Passos Coelho é fruto da fonte em que “bebeu” muito do que sabe e põe em prática. Essa fonte chama-se Ângelo Correia. Ângelo Correia, mentor de Passos, do seu Pedro, esteve a formar um enorme aldrabão. Um monstro dormente que por isso é desprovido de sensibilidade social. Um ditador de miolos megeros que aplica o “custe o que custar” quando há cerca de três milhões de portugueses que já nem sabem como encontrar proventos para se alimentarem e alimentarem os filhos decentemente. Isto para não referir despesas que não têm como suportar relativas às escolas dos filhos, aos transportes, ao vestir, ao calçar, à saúde e às carências mínimas de que as crianças e adolescentes padecem. O razoado do rol é conhecido.
 
Na prática existem 1 milhão e trezentos mil portugueses desempregados, muitos destes são casais com filhos. Desses existem cerca de 50 por cento que não recebem subsídio de desemprego (uma ridicularia de euros insuficientes). Como é possível enfrentarem as despesas que no dia-a-dia se lhes deparam? Impossível. A penúria, as dívidas, a fome, é o beco em que uma monstruosidade chamada Passos Coelho encurralou esses portugueses. E um pouco ou bastante do seu “custe o que custar” abrange mais milhões de portugueses. A classe média está a desaparecer. Este “artista” que nefastamente é primeiro-ministro é obra e barro trabalhado por Ângelo Correia. É o produto da trampa que o sujeito trabalhou no seu “atelier”. Trabalhado não só por Ângelo, mas muito por Ângelo, como é referido e conhecido públicamente.
 
Vem agora Ângelo, o mentor de tal charlatão, que só ainda é primeiro-ministro por Portugal estar deficitário de um presidente da República, aconselhar que o mau produto do seu “atelier” deve remodelar o governo, erguendo o papão das eleições que não deseja por considerar “que ia criar um problema mais grave do que o que existe hoje”. Balelas, puras balelas de um modelador de aberrações que se destinam a servir-se da democracia para serem eleitos mentindo com total descaramento e que com toda a gravidade inerente nem sequer sabem governar mas sim governar-se e governar amigos e cadilhos da juventude alaranjada do PSD. Os boys e girls que comem faustosamente à custa dos esmifrados e abusivamente espoliados portugueses. Como quase todos no governo, no CDS e no PSD, Ângelo Correia não pensa em Portugal mas sim em si e nos seus capangas.
 
As eleições antecipadas devem ser encaradas como uma consequência natural do desgoverno de Passos Coelho. Ele não foi eleito para este descalabro a que ainda mais conduziu Portugal. E mentiu para ser eleito. Passos Coelho perdeu toda a legitimidade democrática e a punição espera-o à porta das eleições. É isso que Ângelo Correia e todos os das mesmas cores partidárias e estirpes em sintonia temem. Que se lixe a democracia, é o que nos deixa perceber Ângelo e os que temem eleições. Por haver democratas assim é que Portugal e os portugueses, a Europa e os europeus, estão de rastos. O papão das eleições que "não convêm" e que Ângelo ergue não existe, a não ser para ser útil aos que querem fazer perdurar vantagens e interesses dos glutões que andam a sugar os povos europeus. Muito mais em Portugal, onde sugam o couro, o cabelo, o sangue, os músculos e os ossos. A vida. Ângelo Correia criou o monstro e quer fazê-lo perdurar como primeiro-ministro. Mas, como em Frankenstein, o monstro destrói tudo à sua volta e autodestrói-se. Passos Coelho desde que foi eleito que se está a autodestruir. Continua e continuará. Usa o charlatanismo por escola adquirida.
 
O monstro já está há muito fora do prazo de validade. Tem de ser desmantelado. Custe o que custar. Faça-se valer a democracia. Eleições, rapidamente e em força!
 

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